COMISSÃO PROCESSANTE

Definidas oitivas de testemunhas arroladas por Mateus Simões contra Wellington Magalhães

Vereador Gabriel, ex-chefe da Polícia Civil, Andrea Vacchiano, e dois ex-assessores de Magalhães serão ouvidos neste e no próximo mês

quinta-feira, 19 Setembro, 2019 - 18:15

Foto: Karoline Barreto / CMBH

Em reunião nesta quinta-feira (19/9), a Comissão Processante que investiga denúncia de quebra de decoro por parte do vereador Wellington Magalhães (DC) aprovou a realização de oitivas com quatro das testemunhas indicadas pelo denunciante, vereador Mateus Simões (Novo). As oitivas acontecerão do dia 30 de setembro até 8 de outubro. Nesse período, serão ouvidos o vereador Gabriel (PHS); a ex-chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Andrea Vacchiano; e os ex-assessores parlamentares de Magalhães, Wellington Luiz da Conceição e Guilherme Ribeiro dos Santos. Na mesma reunião, ficou decidido que a Procuradoria da Câmara de BH irá analisar se o cidadão Mariel Marra poderá prestar depoimento na condição de testemunha, uma vez que sua denúncia contra Wellington Magalhães foi apensada à representação do vereador denunciante Mateus Simões. Caso não seja ouvido como testemunha, Mariel Marra poderá ser ouvido como segundo denunciante.

O vereador Gabriel será ouvido no dia 30 de setembro, às 10h, no Plenário Helvécio Arantes. Na representação apresentada por Mateus Simões para verificação de quebra de decoro parlamentar por parte de Wellington Magalhães, é informado que Gabriel, no dia 14 de dezembro de 2018, teria sofrido “claras ameaças de morte” por parte do ex-assessor de Magalhães, Wellington Luiz da Conceição, que será ouvido pela Comissão Processante no dia 8 de outubro, às 9h30, no Plenário Camil Caram. As ameaças foram registradas em Boletim de Ocorrência lavrado perante autoridade policial. Ao noticiar o ocorrido à polícia, Gabriel alegou que, enquanto se manifestava como parlamentar pelo microfone do Plenário, Wellington Luiz da Conceição, que estava na galeria superior, proferia várias ameaças de morte e xingamentos em seu desfavor, nos seguintes termos: "você não presta", "você vai se ver com a gente", "cuidado com essa sua bicicleta", "qualquer dia você sai para pedalar e não volta". Gabriel também alega no Boletim de Ocorrência que, além de ex-assessor do vereador Wellington Magalhães, Wellington Luiz da Conceição é conhecido pelos servidores da Casa por estar presente na sede do Poder Legislativo com o objetivo de enviar recados de seu ex-chefe.

Na representação de Mateus Simões, também consta que, além de Wellington Luiz da Conceição, atuava a mando de Wellington Magalhães outro de seus ex-assessores, o cidadão Guilherme Ribeiro Dos Santos, que já esteve preso em virtude de prática de roubo e porte ilegal de arma de fogo.

Mateus Simões relata na representação contra Wellington Magalhães que, meses depois da primeira ameaça recebida por Gabriel, já no dia 2 de abril de 2019, o vereador teria sido surpreendido por nova intimidação perpetrada por Guilherme Ribeiro Dos Santos, classificado na denúncia como “preposto do denunciado” Wellington Magalhães. Desta vez, solto da prisão, Guilherme Ribeiro Dos Santos teria, de acordo com a denúncia, entrado no gabinete parlamentar de Gabriel, na Câmara Municipal, portando-se de maneira ameaçadora e indagando a respeito de uma investigação do Ministério Público, possivelmente originada de representação protocolizada no órgão pelo vereador Gabriel.

De acordo com o Ministério Público, Guilherme Ribeiro dos Santos e Wellington Luiz da Conceição tinham passe livre nas dependências da CMBH por ordem de Wellington Magalhães, que lhes concedera crachá especial para transitarem livremente na Casa Legislativa. A oitiva de Guilherme Ribeiro dos Santos foi agendada para o dia 4 de outubro, às 9h30, no Plenário Helvécio Arantes.

Ex-chefe da Polícia Civil de Minas Gerais

A ex-chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Andrea Vacchiano, será ouvida pela Comissão Processante, no dia 30 de setembro, às 9h30, no Plenário Helvécio Arantes. A representação apresentada por Mateus Simões afirma que, em reunião com o então secretário de Estado de Governo, com a presença de Wellington Magalhães, este a teria questionado diretamente se era investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais e se tinha algo contra ele, a justificar o fato de que os seus pedidos feitos à Polícia Civil de Minas Gerais não estariam sendo atendidos. Posteriormente, a ex-chefe da Polícia Civil relatou à imprensa ter se sentido coagida.

A advogada do vereador Wellington Magalhães pleiteou que Gabriel e Andrea Vacchiano não precisariam ser ouvidos pela Comissão Processante, no entanto, a solicitação não foi atendida.  

Apreciação adiada

Foi adiada a apreciação de requerimento que solicita que o vereador Henrique Braga e o cidadão Mariel Márley Marra sejam ouvidos pela Comissão Processante. O adiamento se deu para que a Procuradoria da Câmara analise questionamento levantado por Marra de que ele não poderia ser ouvido como testemunha, uma vez que seria co-denunciante. Como a intimação para que o vereador Henrique Braga seja ouvido pela Comissão consta do mesmo requerimento que intima Mariel Marra, também a apreciação referente a Braga foi adiada.

Assista ao vídeo da reunião na íntegra.

Superintendência de Comunicação Institucional

2ª Reunião - Comissão Processante