Entraves para locomoção de pessoas com deficiência foram constatados no Mineirinho
Buracos na rota que dá acesso ao ginásio e falta de cadeiras para acompanhantes de pessoas com deficiência estão entre os problemas
Foto: Divulgação / CMBH
A visita técnica realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, nesta quinta (16/05), no Estádio Mineirinho, detectou entraves que dificultam a locomoção e a permanência de pessoas com deficiência no local, especialmente cadeirantes.
A visita, solicitada pelo vereador Iran Melo (PR), serviu para verificar as condições estruturais e de acessibilidade no estádio e foi motivada por denúncias de frequentadores e notícias veiculadas sobre a precarização do espaço para a circulação de pessoas com deficiência.
Existem buracos na rota para deficientes que dá acesso ao ginásio. Os espaços reservados para cadeirantes não preveem cadeiras para acompanhantes e não existem pontos de recarga de bateria para cadeiras motorizadas. A quantidade de vasos sanitários nos banheiros é insuficiente e a área de giro precisa ser ampliada. As pias estão rebaixadas, mas a torneira não está localizada em local ideal para cadeirantes. Nas bancadas e bilheterias dos bares, não existe espaço destinado a deficientes.
O engenheiro Henrique Antunes, superintendente de Estruturas Esportivas da Secretaria Estadual de Esportes, explicou que o Mineirinho foi projetado há quase quarenta anos, quando a questão da acessibilidade praticamente não existia. Desde lá, várias adaptações foram feitas, mesmo diante de cenários de dificuldades orçamentárias. Apesar disso, o engenheiro reconhece que ainda há muito a fazer. A secretaria participou da visita porque, apesar de a administração do Mineirinho ser de responsabilidade do governo do estado, a acessibilidade é uma questão que diz respeito ao Município de Belo Horizonte.
Ana Paula Ribeiro, da Diretoria de Políticas para a Pessoa com Deficiência da PBH, reconhece que atuar nessa área é difícil, trabalhoso e os avanços são lentos. Segundo ela, acessibilidade não é só atuar no espaço físico, é também uma questão que diz respeito à atitude da sociedade para com o problema. “É fundamental sensibilizar a população para a questão. A gente vem avançando, mas ainda falta muito. Mas não pode haver retrocesso”, afirma a Ana Paula.
O vereador Irlan Melo destacou que a visita também foi útil para colher subsídios para aprimorar projeto de sua autoria que consolida a legislação municipal relativa à acessibilidade.
Participaram também da visita o engenheiro Rosemar Gea, da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura; Neuza Fonseca, coordenadora de atendimento da Regional Pampulha; Vanessa Amorim, do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência; e Danieli Martins da Costa, diretora de Operações da Secretaria Estadual de Esportes.
Superintendência de Comunicação Institucional