Moradores reivindicam reativação de URPV no Bairro Goiânia
Unidade de Recolhimento de Pequenos Volumes foi desativada há dois anos, mas detritos continuam a ser descartados no local
Bernardo Dias / CMBH
Há cerca de dois anos, uma Unidade de Recolhimento de Pequenos Volumes (URPV) situada às margens do Anel Rodoviário, no Barrio Goiânia, foi desativada. Até deixar de funcionar, o equipamento público recebia entulho, restos de poda, terra e outros resíduos não coletados pelos caminhões de lixo, como pneus, colchões e móveis velhos. Hoje, apesar do fechamento, continuam ocorrendo descartes no terreno, o que levou ao acúmulo de detritos e tem provocado mau cheiro, criando uma situação de insalubridade que leva transtornos a quem vive na região. Para avaliar a situação e buscar soluções em diálogo com a comunidade, a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana realizou visita técnica ao local nesta segunda-feira (7/5), por requerimento do vereador Gilson Lula Reis (PCdoB). Visando minimizar o problema, será agendada reunião, junto à PBH, com a participação de comissão composta por moradores e membros da Câmara, no intuito de discutir medidas que atendam ao interesse coletivo.
Conforme relatos da comunidade, parte do lixo foi limpo no último domingo (6/5), o que ajudou a atenuar o problema. Para os moradores, no entanto, a solução mais adequada passaria pela retomada do funcionamento da URPV e pela implantação de uma efetiva rotina de fiscalização por parte da Prefeitura. Na oportunidade, eles afirmaram ainda que, há cerca de três meses, formalizaram a demanda à Administração Regional Nordeste e à Superintendência de Limpeza Urbana.
A comunidade denunciou ainda a ocorrência de invasões na área vistoriada, ressaltando que existem, hoje, 40 pontos de descarte clandestino às margens do Anel Rodoviário. Diante disso, os moradores sugeriram a elaboração de projetos de lei para inibir o lançamento de entulho por caminhoneiros, beneficiando, ainda, os catadores de sucata, assim como foi feito em outras capitais.
O vereador Gilson Lula Reis (PCdoB), que requereu a visita técnica, lamentou os problemas locais, como sujeira, presença de ratos, escorpiões e risco de doenças respiratórias. Para ele, a questão é de responsabilidade do poder público e deve ser tratada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), da Secretaria Municipal de Governo e da Administração Regional Nordeste, que não estiveram presentes na visita.
Soluções propostas
Explicando que a área pertence ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT), ou seja, à União, e que somente uma pequena parte é de propriedade da Prefeitura, o vereador ressaltou que o Município não pode executar obras no terreno. Portanto, qualquer solução demandaria uma parceria entre ambas as esferas de governo. Desta forma, Reis sugeriu a criação de uma praça no local, por exemplo, com fiscalização permanente da PBH, por meio da SLU e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Propôs, ainda, que a parcela da área pertencente à Prefeitura seja utilizada para a construção de uma URPV, controlada pelo Executivo, com a colocação de caçambas a serem usadas por carroceiros que fazem o transporte de volumes. “Isso reduziria significativamente a quantidade de lixo lançado na região. Segundo os moradores, o DNIT pode conceder à PBH a utilização da área para a construção da URPV”, afirmou. Para o vereador, essa seria uma solução viável, a curto prazo. Outra proposta apresentada por Reis foi a transferência de um ponto do ônibus para local mais próximo de uma passarela, a fim de garantir segurança à população.
O vereador salientou ainda que, já nesta segunda-feira, fará contato com a PBH, para agendar uma reunião até a semana que vem, com a participação de comissão formada por sete representantes da comunidade, buscando negociar soluções para o problema.
Superintendência de Comunicação Institucional
[flickr-photoset:id=72157666666886577,size=s]