LEONINA LEONOR

Equipamentos adquiridos para o funcionamento da maternidade foram removidos

Ativistas também denunciaram falta de transparência dos órgãos públicos; reunião será agendada com a PBH

segunda-feira, 18 Setembro, 2017 - 15:45

Foto: Rafa Aguiar / CMBH

Denúncias de que equipamentos hospitalares adquiridos para a Maternidade Leonina Leonor Ribeiro, projetada para incorporar a rede pública de saúde, tivessem sido retirados do local foram apuradas em visita técnica da Comissão de Saúde e Saneamento, na manhã desta segunda-feira (18/9). Diante da cobrança de informações de várias mulheres ativistas pelo parto humanizado, que alegam falta de transparência do poder público, foi estabelecido que será agendada uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil. O requerimento para a realização da atividade foi apresentado pelo vereador Flávio dos Santos (Pode).

Com previsão para inauguração desde junho de 2009, a implantação da Maternidade Leonina Leonor Ribeiro, em Venda Nova, representaria um novo modelo de assistência ao parto humanizado, mas está até hoje fechada, aguardando conclusão das obras.

Equipamentos removidos

Diversas entidades de assistência e defesa da mulher relataram aos parlamentares que diversos equipamentos, como camas hospitalares, cadeiras de rodas, macas e vários outros mobiliários, que haviam sido adquiridos para o funcionamento da maternidade haviam sido retirados do local, na ocasião em que foi feita uma limpeza na unidade.

Diretora regional de Saúde de Venda Nova, Marina Oliveira Rocha esclareceu que o manejo destes mobiliários é gerenciado pela Oficina Central da PBH, e que seria necessário verificar, através de inventário, para onde foram levados. Alegou ainda, que os equipamentos retirados haviam sido utilizados para a campanha feita provisoriamente no local, pelo Centro de Atendimento a Pacientes com Dengue (CAD).

Cronograma

De acordo com a coordenadora da Comissão Leonina Leonor, Gabrielle Faria, Recomendação feita pelo Ministério Público de Minas Gerais, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte, datada de 1º de agosto desse ano, deu prazo de 30 dias para que a Prefeitura de Belo Horizonte apresentasse cronograma de funcionamento do Centro de Parto Normal da Maternidade Leonina Leonor Ribeiro, informando data de início das atividades e utilização de todo seu potencial assistencial. Contudo, até o momento a PBH não respondeu ao MP, segundo Gabrielle.

A ativista Polly do Amaral alegou falta de transparência dos órgãos públicos para com a comunidade e todos os agentes envolvidos. “Queremos acompanhar as negociações com Estado, União e municípios vizinhos. Precisamos ter acesso aos orçamentos atualizados do custo de implantação e manutenção da maternidade para cobrarmos das autoridades. Não estamos vendo comprometimento dos órgãos públicos”, afirmou Amaral.

Encaminhamentos

O vereador Gilson Reis (PCdoB) informou que foi a primeira vez que obteve uma resposta positiva com relação à situação das obras no equipamento, em reunião com o secretário Municipal de Saúde, no mês passado. “Após muitos anos de luta, eu ouvi diretamente do secretário que é possível sim abrir a maternidade”, disse Reis.

De acordo com a vereadora Nely (PMN), será agendada uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil, com a finalidade de obter informações acerca da real situação de retomada das obras finais para a efetiva implantação da maternidade, “conforme promessa feita em sua campanha e amplamente divulgada pelas redes sociais”, afirmou a parlamentar.

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