Castração e microchipagem podem garantir bem-estar de gatos abandonados
Cerca de 100 felinos vivem no entorno do Parque Lagoa do Nado. Ativistas temem crescimento descontrolado da população
Foto: Abraão Bruck/CMBH
A Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana foi à Regional Pampulha nesta terça-feira (20/6) averiguar denúncias de abandono de gatos no entorno do Parque Lagoa do Nado, no Bairro Itapoã. Segundo moradores da região, cerca 100 felinos de rua vivem nas imediações e dependem dos cuidados dispensados por militantes da causa animal. Requerente da visita técnica, o vereador Osvaldo Lopes (PHS) defendeu a castração e microchipagem dos felinos, no intuito de evitar o crescimento da população e garantir seu bem-estar. A proposta é que os procedimentos sejam realizados com o apoio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ-BH).
Geralda Ferreira e Bruna Bueno, defensoras da causa animal, estão preocupadas com o crescimento da população de gatos no entorno do Parque da Lagoa do Nado. Segundo elas, os animais procriam em casas abandonadas da região e estariam sobrevivendo graças ao apoio de pessoas que lhes oferecem água e comida. Ainda de acordo com elas, há registros de casos de abandono de animais, sobretudo de filhotes, no interior parque. Caso o problema não seja contido, há risco de que a população de felinos aumente, gerando situação semelhante àquela verificada no Parque Municipal, onde vivem pelo menos 300 gatos.
A situação é preocupante porque os animais podem passar a se alimentar de aves e outras espécies que vivem no Parque Lagoa do Nado, causando desequilíbrio ambiental e favorecendo a proliferação de insetos como os cupins, que podem colocar em risco a saúde da flora local.
Segundo o presidente da Fundação Municipal de Parques (FMC), Sérgio Augusto Domingues, atualmente não há registro de número significativo de gatos no interior do Parque Lagoa do Nado.
Manejo
Para o vereador Osvaldo Lopes, a solução do problema no entorno do parque demanda a captura dos gatos e sua subsequente vacinação, vermifugação, castração e microchipagem, procedimentos que ajudariam a preservar a saúde dos espécimes e a evitar um aumento populacional descontrolado.
Gerente de Controle de Zoonoses da Regional Pampulha, Antônio Willie, afirmou que o CCZ vai realizar os procedimentos. Para executar o serviço, contudo, o órgão dependeria ainda do estabelecimento de parcerias com entidades e agentes da sociedade civil que se disponham a acolher os animais no período de recuperação após as castrações, já que o poder público não disporia de estrutura para acolhimento dos animais no pós-cirúrgico.
Segurança no parque
Ainda na visita técnica, o vereador Osvaldo Lopes constatou problemas de segurança no parque. No local, foram identificadas rupturas em gradis e muros quebrados, o que dificulta o controle de entrada e saída no parque, além de facilitar o eventual abandono de animais.
Segundo presidente da FMC, a expectativa é que os problemas sejam resolvidos em breve. Por meio de pagamentos devidos via mecanismos de compensação ambiental, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) deve destinar R$ 800 mil ao parque, recursos que serão investidos, entre outras melhorias, na reforma do cercamento da unidade.
Ainda segundo Sérgio Augusto Domingues, a Guarda Municipal atua no local, desenvolvendo atividade de patrulha que contribui para garantir a segurança patrimonial e dos frequentadores.
Superintendência de Comunicação Institucional
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