Livro digital reúne textos selecionados de estudantes sobre uma BH melhor
Coletânea traz redações vencedoras nas categorias Ensino Fundamental II e Ensino Médio, bem como textos que se destacaram
Foto: Divulgação / CMBH
Propostas para uma cidade mais justa e igualitária, que ofereça serviços de qualidade ao cidadão, mostram a sintonia de alunos de níveis fundamental e médio das redes pública e privada com temas discutidos na Câmara Municipal de Belo Horizonte pelos vereadores. Treze textos selecionados pelo I Concurso de Redação da Escola do Legislativo estão reunidos numa coletânea digital de 79 páginas: são quatro primeiros lugares na categoria Ensino Fundamental II (já que houve empate na 2ª colocação) e três vencedores no Ensino Médio; outros seis se destacaram no entendimento da Comissão Julgadora, que analisou 74 trabalhos inscritos. Pertinência ao tema proposto, clareza no desenvolvimento das ideias e criatividade foram alguns dos critérios avaliados; o texto deveria ser original, ter entre 20 e 30 linhas, e estar entre os gêneros argumentativo, narrativo, poético, entre outros. Todos tiveram que abordar o tema: “Como as juventudes, junto com a Câmara Municipal, podem ajudar a construir uma Belo Horizonte melhor?” O concurso teve por finalidade difundir conhecimentos sobre participação popular e cidadã e valorizar o trabalho realizado por alunos e professores, sobretudo num tempo em que ensino e aprendizado tiveram que se adaptar a um regime imposto pela pandemia.
Participação e democracia
Para a presidente da Câmara, Nely Aquino, o I Concurso de Redação incentivou a mobilização e o engajamento político, tornando-se recurso fundamental para essa participação em debates de interesse da sociedade. “A aproximação de jovens do processo democrático tem como benefício escolhas conscientes de futuros representantes do país. Vale destacar que a compreensão de questionamentos favorece o acesso à tomada de decisões que afetam diretamente a cidade”, concluiu.
Conforme relatou o gerente da Escola do Legislativo, Roberto Edson de Almeida, a ideia da publicação surgiu da dificuldade de se manter um diálogo com as escolas na pandemia, fechadas e posteriormente com aulas remotas. “Mesmo sendo criados pela Escola do Legislativo outros espaços de trocas no período, como o Roda de Conversa e a edição on-line do Parlamento Jovem, os colégios de BH estiveram menos presentes na Câmara do que antes”, relatou. Assim, para o gestor, o objetivo da atividade foi valorizar o trabalho de professores e alunos e dar visibilidade a eles, deixando um registro do que os jovens pensam sobre a cidade e do que acham pensam sobre o seu papel na construção de BH.
Roberto também ressaltou a dimensão educativa no aprendizado desses jovens ao participarem do concurso, por meio de sua expressão. Segundo ele, os alunos foram estimulados a realizar pesquisas, sendo-lhes oferecido material de referência sobre o papel e o funcionamento da Câmara, sobre política e o trabalho dos vereadores no contexto da democracia.
Como constatou o presidente da Comissão Julgadora, Thiago José Rodrigues de Paula, a promoção do debate acerca do protagonismo juvenil no contexto de Belo Horizonte, sob a perspectiva de participação por meio de espaços democráticos potencializados pelo Poder Legislativo Municipal, trouxe à baila um processo de formação de cidadania expressivo.
Demandas e desafios da cidade
Aluno do ensino fundamental que conquistou o 1º lugar, Rafael Sepúlveda Horvath, do 6º ano do Colégio Pio XII, conseguiu reunir vários temas abordados pelos vereadores de BH ao longo de 2021 em audiências públicas, visitas técnicas, comissões parlamentares de inquérito, projetos e leis. Entre os assuntos atacados pelo estudante, demanda do cidadão por transporte de qualidade, preservação do meio ambiente, defesa dos animais, descarte correto do lixo e reciclagem, segurança e comunicação.
Professora de referência: JULIANA GOUVÊIA LADEIRA
Participação de jovens na política
Já o 1º lugar do ensino médio foi alcançado por Isabela Margaritini Carvalho, do 1º ano do Colégio Santo Agostinho. A aluna fala sobre a capacidade de influência da juventude na construção de uma BH melhor, destacando a importância da promoção do envolvimento dos jovens em questões sociais e políticas, como possibilidade de ponte entre a juventude belo-horizontina e seus representantes no parlamento. Ressaltando o papel da escola como principal mediadora entre os jovens e o mundo, ela afirma que a Câmara Municipal é também lugar para congregar ideais e aspirações da nova geração na cidade, criando um espaço em que a juventude tenha poder de fala e representatividade. A demanda apresentada é que seja criado um diretório acadêmico nas escolas públicas e privadas de BH, administrado por líderes eleitos pelo próprio corpo discente e conectado ao Legislativo.
Confira o texto de Isabela Margaritini Carvalho e as demais redações selecionadas em formato pdf ou versão on-line.
Superintendência de Comunicação Institucional