Vereadores querem mais critérios para funcionamento de radares
A instalação e o funcionamento de radares de fiscalização eletrônica em Belo Horizonte deverão obedecer a critérios mais rígidos, conforme propõem três projetos de lei que iniciaram tramitação na Câmara Municipal. Os novos projetos, publicados no Diário Oficial do Município, no último sábado (30/7), estabelecem medidas como a apresentação, pela Prefeitura, de estudos técnicos que justifiquem a necessidade dos equipamentos e a definição de locais e horários em que os radares deverão funcionar.
De acordo com o PL 1766/11, apresentado pelo vereador Paulinho Motorista (PSL), além de estudo que demonstre a necessidade de instalação dos radares, como estatísticas que comprovem o elevado número de acidentes no local, os órgãos de trânsito da Prefeitura deverão também apresentar à Câmara Municipal estatísticas de arrecadação proveniente das multas aplicadas. Os locais onde os equipamentos forem fixados deverão ser sinalizados de forma a informar ao motorista sobre a localização exata do radar.
“O caráter educativo parece ter sido substituído pela chamada indústria da multa, que, não observando o número de veículos em circulação, os acidentes nos trechos onde os radares estão sendo instalados e os valores arrecadados, submetem o cidadão ao arbítrio do poder público sem as devidas justificativas”, argumenta o autor do projeto.