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Parlamentares fiscalizam trabalhos e apuram transtornos causados pelas intervenções

Dificuldades na travessia de pedestres, queda nas vendas do comércio local e atraso no cumprimento de prazos foram problemas verificados por vereadores da capital durante visita hoje (7/7) às obras de revitalização da Savassi. Os parlamentares percorreram os quarteirões fechados da praça, conversaram com transeuntes e lojistas e constataram a necessidade de acelerar as obras.
“Nossa intenção é fiscalizar as intervenções e cobrar o cumprimento do cronograma assumido pela Prefeitura em audiência pública no mês passado. Queremos que os impactos sejam minimizados para pedestres e comerciantes”, declarou o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Léo Burguês de Castro (PSDB).
Para o vereador Gunda (PSL), os transtornos causados por grandes obras são inevitáveis, mas é preciso acelerar os trabalhos e garantir o cumprimento dos prazos. Edinho Ribeiro (PTdoB) destacou a mobilização dos vereadores durante o recesso parlamentar e disse que vai cobrar os compromissos assumidos pelo Executivo.
Segundo Burguês, a Prefeitura se comprometeu a entregar até ontem (06/07) o contrapiso da Rua Pernambuco esquina com Rua Paraíba, o que ainda não aconteceu. Apesar de terem observado um aumento do número de operários trabalhando, os vereadores temem que os outros prazos não sejam cumpridos. A demora na conclusão das intervenções nos quarteirões fechados da Praça da Savassi tem gerado prejuízos ao comércio. Nos últimos meses, quase dez lojas fecharam.
“A previsão inicial era de que cada quarteirão seria fechado por dois meses, em etapas. Mas, todos foram fechados ao mesmo tempo há quase quatro meses”, reclamou Odair Melo, proprietário do restaurante Baiana do Acarajé. O comerciante contou que o movimento caiu pela metade com as obras: “Em pleno horário do almoço, o restaurante está vazio”.
No Café da Travessa e na Livraria Mineiriana a queda no faturamento foi de 70%. “Os clientes reclamam do barulho e da poeira. Com o prejuízo, fica difícil arcar com as despesas de aluguel, pagamento de funcionários e impostos”, protestou a proprietária dos estabelecimentos, Luíza Miranda Soares.
Travessia difícil
Com as últimas interdições na Avenida Cristóvão Colombo, o fluxo de veículos foi transferido para as ruas Paraíba e Thomé de Souza. Com o trânsito sobrecarregado, os pedestres enfrentam dificuldades para atravessar. Os vereadores afirmaram que vão levar os problemas ao secretário municipal de Política Urbana.
“Vamos cobrar a instalação de sinais de trânsito para pedestres ou a presença constante de agentes da BHTrans na região para facilitar a travessia. Vamos questionar também a perda de 200 vagas de estacionamento gerada pelo fechamento dos quarteirões”, disse Léo Burguês de Castro. Os parlamentares farão novas visitas para acompanhar o andamento das obras e, se necessário, vão realizar audiência pública na Câmara Municipal assim que forem retomadas as reuniões ordinárias, em agosto.
Superintendência de Comunicação Institucional