Falta de espaço físico é principal problema do Centro de Saúde Califórnia

Falta de espaço físico em geral, inclusive de uma sala de reuniões para receber a visita técnica da Comissão de Saúde e Saneamento, realizada nesta quinta-feira (5/12), a pedido do vereador Hélio da Farmácia (PHS). Esse foi o principal problema encontrado no Centro de Saúde Califórnia, localizado na Avenida das Castanholas, nº 277, no Bairro Califórnia, na Região Noroeste de Belo Horizonte. Gestora da unidade explicou que ampliação do imóvel, sediado em terreno da associação de moradores, depende de que a propriedade seja da Prefeitura, e que a obra seria custeada pela MR como compensação pelo impacto da construção da Arena do Galo na região. 

“Estamos no processo de organizar o terreno para ser próprio, porque ele não é da Prefeitura, é da associação de moradores do Bairro Califórnia”, esclareceu a gerente da unidade, Érica Fernandes Rodrigues. Segundo ela, para realizar a ampliação do Centro, que será no mesmo terreno atual, é preciso que a titularidade deste seja da Prefeitura. A gestora também esclareceu que a ampliação integra uma das medidas de compensação da MRV para a construção da Arena do Galo. Ela apontou o risco de acidentes causados pela falta de espaço, citando o exemplo do caminhão de entrega de medicamentos, que tem que sair de ré. 

Estrutura

O Centro de Saúde Califórnia foi implantado na década de 70 e ampliado em 2000. Conta com seis equipes de saúde da família, cada uma composta por um médico da família, um enfermeiro e um técnico. Também tem, como apoio, um ginecologista, um pediatra e uma clínica. A unidade vai receber 24 agentes comunitários de saúde (ACs).

São 16 consultórios (mas seriam necessários mais 12), uma sala de coleta para exames clínicos, um refeitório, uma sala de escuta (triagem), uma farmácia com abastecimento normal, uma sala de ACSs e Zoonoses. A unidade tem uma casa de apoio vizinha, com um núcleo ampliado de saúde da família (psicólogo, assistente social, nutricionista, farmacêutico e fisioterapeuta) e uma academia da cidade.

Atendendo os Bairros Califórnia, Conjunto Califórnia I, Conjunto Califórnia II, Vila Califórnia, Dom Bosco e Novo Dom Bosco, o equipamento público tem 22.596 cadastros ativos de usuários.

“A equipe dá conta de gerenciar os casos. Urgência a gente tira de letra”, garantiu Rodrigues. Ela citou a boa parceria com outros equipamentos públicos, mas também a necessidade de maior participação da população nos processos que envolvem as questões do Centro.

A usuária e conselheira da Comissão Local de Saúde Eluar de Almeida Duarte elogiou o atendimento e criticou o espaço físico: “Se eu falar mal do atendimento, eu estou pecando. Moro no Bairro Dom Bosco há 35 anos e sempre necessitei do posto de saúde. A dificuldade daqui é o espaço. Às vezes a gente não consegue fazer algumas ações, como reuniões da Comissão. O espaço é o que deixa muito a desejar”.

Encaminhamento

Segundo Hélio da Farmácia, os demandantes da vistoria já tinham avisado que o principal problema do equipamento era a estrutura física, pois há uma população muito grande para ser atendida. Como encaminhamento da visita, o vereador citou a compensação da MRV e a necessidade de construção de uma passarela para moradores que têm que atravessar a BR-040 para receber atendimento - obra citada pela assessora distrital da Noroeste, Vanessa Lima, como outra medida de compensação da construtora.

O parlamentar falou sobre o resultado da visita: “Nós vamos sentar junto com o secretário municipal de Saúde e alguns representantes da MRV para ver em que pé está esse encaminhamento e quando será feita [a construção da nova unidade], e a questão da passarela do lado de lá, que é um problema grave, pois muitos têm que atravessar a BR para vir aqui”.

Superintendência de Comunicação Institucional