Lâmpadas convencionais serão substituídas pelas de led em três anos
Contratação prevê substituição nas principais praças e avenidas da cidade e ampliação da iluminação pública
Foto: Rafa Aguiar / CMBH
Após assinatura de termo aditivo e de ordem de serviço para implementação de um novo sistema de iluminação pública na cidade, com a substituição de lâmpadas convencionais pelas de led nas principais praças e avenidas, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa o Consumidor realizou audiência pública, nesta quarta-feira (17/5), para discutir o plano de instalação. A mudança poderá representar uma economia de 45% no consumo de energia elétrica em Belo Horizonte. Também serão ampliados os pontos de iluminação. De acordo com a prefeitura e a prestadora de serviços que venceu licitação, a partir da publicação de ordem de serviço nos próximos dias, a empresa terá 30 dias para iniciar os trabalhos e três anos para finalizar o projeto. O vereador Mateus Simões (Novo), que solicitou o debate, cobrou um cronograma atualizado, com prioridades e etapas das instalações.
Segundo Simões, Belo Horizonte é uma cidade escura, com reflexos estéticos e falta de segurança. Repassando dados da PBH, o vereador relatou que a criminalidade cresce na cidade entre 19h e 23h, ainda que, nesse período, não se perceba um aumento do movimento e do fluxo de pessoas e veículos. Simões questionou o edital de licitação e a instalação de lâmpadas de led sem uma reestruturação da potência e do tipo de iluminação, ressaltando que hoje as lâmpadas estão localizadas sobre as copas das árvores.
Para o subinspetor da Guarda Municipal, Alysson Viana Carvalho, a iluminação contribui muito para a segurança pública, constatando-se uma dificuldade na identificação de locais escuros pelo sistema de vídeomonitoramento. Carvalho salientou que o infrator tenta danificar a iluminação para cometer delitos e que a escuridão favorece, também, o uso de drogas.
Conforme informou a diretora da PBH Ativos, Soraya Mourthé, o projeto de iluminação é pautado pela economicidade e pela eficiência. A gestora disse que nesta quarta-feira foi assinado termo aditivo e ordem de serviço para início dos trabalhos. A previsão é que, a partir da publicação dos documentos, a empresa dará início aos trabalhos num prazo de 30 dias e implementará todo projeto até dezembro de 2020. Mourthé afirmou, ainda, que o projeto será iniciado em áreas mais carentes, de mais baixo nível sócio-econômico e mais alto índice de criminalidade.
Economia de energia
Segundo o gerente de Gestão de Concessionárias da Secretaria Municipal de Obras de Infraestrutura, José Maurício Valério, os pontos de iluminação foram ampliados de 178 mil para mais de 182 mil na cidade, com a substituição de lâmpadas convencionais por lâmpadas de led em locais como Avenida Silva Lobo, Lagoa da Pampulha e Praça Bernardo de Vasconcelos. No aditivo, o prazo de substituição das lâmpadas foi reduzido de quatro para três anos. Valério destacou, ainda, que o projeto luminotécnico será feito a partir do chão, que a substituição representará uma economia de 45% no consumo de energia elétrica e que as lâmpadas de led têm uma durabilidade de 60 mil horas, ressaltando que as convencionais duram, em média, de 8 mil a 20 mil horas.
Questionado quanto à iluminação destinada à periferia da capital, o gerente afirmou que não há estatísticas que demonstrem que pessoas residentes em áreas periféricas reclamem mais da iluminação pública que aquelas que moram na área central. Lembrou, ainda, que áreas irregulares não podem ser contempladas.
O gerente de Investimentos da BH Iluminação Pública, Gustavo Luís Barreiro, informou, por sua vez, que após a assinatura da ordem de serviço, a empresa tem de cinco a seis meses para apresentar os projetos, para aprovação da prefeitura e da Cemig, incluindo a migração para tecnologia de led e manutenção do parque convencional. Treze pontos de interesse turístico e histórico, como a Praça do Papa, da Liberdade, de Santa Tereza e da Estação, terão iluminação especial.
Condições de trabalho
Na oportunidade, José Carlos de Souza, do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais, falou sobre problemas enfrentadas por funcionários do setor de energia, como jornadas excessivas, dificuldades em acordos coletivos e falta de segurança, ocasionando acidentes de trabalho. Ele questionou, também, como será a indenização desses trabalhadores.
Ao final da audiência, o vereador Mateus Simões cobrou da BH Iluminação Pública cronograma estabelecido no aditivo assinado nesta quarta-feira, incluindo a priorização de áreas de mais baixo nível sócio-econômico.
Superintendência de Comunicação Institucional
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