Obras de contenção de cheias no Barreiro serão retomadas em até 15 dias
Anúncio foi feito durante visita técnica da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana; conclusão da 1ª etapa deve levar 18 meses
Foto: Divulgação / Gabinete do vereador Juliano Lopes
As obras de contenção de cheias e regulação de vazão na bacia do Córrego Túnel/Camarões, na Região do Barreiro, serão retomadas no prazo de 10 a 15 dias. A informação foi anunciada à população do Barreiro, na terça-feira (21/3), durante visita técnica ao canteiro de obras, requerida pelo vereador Juliano Lopes (PTC) à Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana. Na ocasião, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) se comprometeu a reunir-se mensalmente com uma comissão de moradores para discutir o andamento das obras. A primeira reunião acontecerá já na primeira quinzena de abril. A expectativa é que a conclusão da 1ª etapa aconteça em 18 meses.
A população denunciou durante a visita técnica que a paralisação das atividades construtivas fez com que o canteiro de obras se tornasse terreno fértil para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Além disso, a interrupção das obras trouxe também outros riscos aos moradores com o aumento da população de baratas, ratos, escorpiões e outros animais nocivos à saúde humana. Abandonado, o local serve de refúgio para bandidos.
A Sudecap explicou que a retomada das obras de contenção de cheias e regulação de vazão na bacia do Córrego Túnel/Camarões é prioridade para a gestão do prefeito Alexandre Kalil. De acordo com a autarquia, as ações para destravar as obras estão sendo tomadas desde o início do ano. Na semana passada, foram pagos à empresa responsável pelas obras R$ 7,5 milhões referentes a serviços já executados. Além disso, foi acordado com um bota-fora próximo ao canteiro de obras o recebimento dos materiais a serem descartados. A questão era um empecilho, uma vez que o descarte de materiais em um local distante encareceria o empreendimento, impossibilitando a conclusão pelo valor orçado e já disponível para a prefeitura há mais de dois anos: R$ 63 milhões.
Desapropriações podem atrasar trabalhos
Outro entrave a ser solucionado pela prefeitura diz repeito às desapropriações necessárias à 1ª etapa das obras. Os problemas dizem respeito à falta de acordo quanto ao valor a ser pago pela desapropriação de um campo de futebol e a questões relativas à titularidade de residências particulares, que também serão objeto de desapropriação. A prefeitura informou que as negociações com os proprietários estão em andamento.
A 2ª etapa das obras inclui a construção de uma avenida sanitária, o que envolverá novas desapropriações. Nesta fase, as desapropriações irão afetar uma agência de automóveis e uma vila localizada na região do Barreiro. A intervenção como um todo inclui a implantação de barragens e suas áreas de reserva, canalização de parte do Córrego Camarões; implantação de alças de acesso e sistema viário nas Avenidas Nélio Cerqueira e Dr. Antônio Eustáquio Piazza; tratamento de áreas remanescentes; implantação de ciclovia e áreas de lazer; paisagismo e parque linear ao longo do Córrego Túnel/Camarões; e remanejamento de interceptores de esgotamento sanitário. Além de evitar alagamentos, as obras melhorarão o saneamento básico e criarão novas áreas de lazer na região.
Os moradores afirmam não aceitar a ampliação do valor já estabelecido para a conclusão das obras. A esse respeito, a Sudecap informou que não haverá aumento dos custos e que o prazo para conclusão da 1ª etapa do projeto, que compreende a construção de uma bacia de contenção de sólidos e de uma bacia de contenção de água de chuva é de 18 meses a partir da retomada das atividades, que acontecerá em abril.
Superintendência de Comunicação Institucional