Comissão de Saúde observou sobrecarga de demanda nos postos
Faltam profissionais nas unidades Céu Azul, Santa Amélia e Santa Mônica
Faltam profissionais nas unidades Céu Azul, Santa Amélia e Santa Mônica - Foto: Divulgação CMBH
A Comissão de Saúde e Saneamento realizou visita técnica nesta terça-feira (6/5) nos centros de saúde Céu Azul, Santa Amélia e Santa Mônica, todos na região da Pampulha. O objetivo da visita foi verificar condições de infraestrutura dos locais, equipe e qualidade do atendimento. Em todas as unidades visitadas faltam agentes comunitários de saúde (ACSs) e duas necessitam de mais médicos, mas a principal queixa dos gerentes é de sobrecarga na demanda. Há proposta de construção de novas unidades para os três postos de saúde.
O Centro de Saúde Céu Azul tem 21.920 usuários cadastrados, mas chega a atender 24 mil pessoas (mais de 700 por dia), contando com quase 100 funcionários. A unidade deveria ter 24 ACSs, mas possui 21, e seis equipes e meia do Programa de Saúde da Família (PSF). A unidade tem uma equipe de apoio completa, com ginecologista, pediatra, clínico, psiquiatra e cinco auxiliares.
O vereador Dr. Nilton (PROS) destacou algumas potencialidades do local, como o espaço, ampliado por meio do Orçamento Participativo em 2009. Mas citou dificuldades como a acessibilidade e, principalmente, a grande demanda populacional. Segundo ele, a taxa de atendimento de quatro mil pessoas por equipe sobrecarrega muito o serviço. A sobrecarga também foi citada como principal problema pela gerente da unidade, Beatriz Fernandes. “A área tem demanda de crescimento, e a gente quer fazer um trabalho de qualidade”. Está prevista em edital de Parceria Público-Privada (a ser publicado) a construção de mais uma unidade, visando ampliar o atendimento.
Santa Mônica
A unidade Santa Mônica tem uma sede e um anexo, localizado a uma distância de 2km em outra rua do mesmo bairro. Atende quase 30 mil pessoas (450 por dia) com um total de 130 funcionários e oito equipes do PSF, três delas fixadas no anexo. A equipe de apoio, formada por um pediatra, um ginecologista e cinco auxiliares de enfermagem, se reveza entre a sede e o anexo, o que causa transtornos no atendimento. Faltam um clínico de apoio na sede e um médico no anexo. Das 33 vagas de ACSs, foram preenchidas apenas 28.
“A principal dificuldade é a demanda muito grande, mas a gente tem conseguido atender”, afirmou a gerente do posto, Raquel Sardi. A unidade Santa Mônica será dividida em duas unidades distintas, obra prevista em edital a ser lançado.
O presidente da Comissão, vereador Bim da Ambulância (PTN), sugeriu a realização posterior de uma visita ao anexo. Ele pontuou questões, como transtornos causados aos usuários pela divisão do atendimento em dois locais, além de problemas de ventilação na unidade. Segundo ele, a visita serviu para enriquecer o relatório sobre as condições das unidades de saúde a ser elaborado após as visitas e enviado ao Executivo para análise. Assinado pela Comissão, o relatório levantará potencialidades e fragilidades dos serviços de saúde em Belo Horizonte e apontará sugestões de melhoria.
Santa Amélia
Mais de 39 mil usuários acessam os serviços do Centro de Saúde Santa Amélia, uma média de 400 pessoas por dia. São atendidos por cinco equipes do PSF e 18 agentes comunitários de saúde, além da equipe de apoio. No total, 105 pessoas trabalham na unidade. Um diferencial do posto é o oferecimento de aulas de artesanato, ginástica e lian gong. Mas a unidade também enfrenta dificuldades: uma equipe do PSF está sem médico, e falta um pediatra e um clínico de apoio. Também há mais seis vagas de ACSs a serem preenchidas.
Para a gerente da unidade, Rosana Tavares, atualmente o posto vive uma fase confortável, pois recebeu duas equipes de PSF, mas a unidade não comporta mais a demanda, e uma nova unidade será construída no Bairro Santa Branca.
“A unidade é bem estruturada, a área é excelente, com infraestrutura adequada. Mas há falta de profissionais. Do ponto de vista dos recursos humanos os postos de saúde estão sendo penalizados, influenciando na piora no atendimento”, afirmou o vereador Doutor Sandro (PROS).
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