Audiência vai debater direitos da comunidade cigana do Bairro São Gabriel
Ciganos querem garantir moradia e ampliação de serviços públicos
Comunidade cigana instalada no Bairro São Gabriel
A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor vai realizar amanhã (quinta-feira, 21/3), às 10h, no Plenário Amynthas de Barros, audiência pública para discutir os direitos de cerca de 70 famílias ciganas que vivem em área de domínio da União, no Bairro São Gabriel, região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com o vereador Pedro Patrus (PT), que solicitou a audiência, além dos riscos de despejo e reassentamento, a comunidade, que ocupa o terreno há mais de 30 anos, enfrenta a ausência dos serviços de água, luz e saneamento. Os problemas das famílias ainda são agravados por tratar-se de uma minoria étnico-cultural vítima de preconceito, que luta para manter vivas suas tradições e, ao mesmo tempo, se inserir na sociedade.
Diante da insegurança quanto à posse da área, da falta de infraestrutura básica e da marginalização social, a comunidade cigana tem se organizado em defesa de seus direitos, com o apoio da Defensoria Pública da União, do Ministério Público Federal e do departamento de Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que foram convidados a participar da reunião.Também são esperados o superintendente do Patrimônio da União no Estado de Minas Gerais, Rogério Veiga Aranha, e os representantes da Secretaria de Administração Regional Municipal Nordeste e da Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano.
Apesar do pouco conhecimento sobre a população cigana no país, estima-se que seu número alcance a marca de 1 milhão de pessoas. O estado de Minas Gerais é o lar de mais de 450 mil deles, segundo o Centro de Cultura Cigana de Juiz de Fora, interior de Minas.
Superintendência de Comunicação Institucional