ATERRO SANITÁRIO

Aterro em Esmeraldas é a salvação de BH

Uma das prioridades da Câmara Municipal para o reinício das reuniões plenárias, no dia 1º de agosto, é a discussão e votação, em segundo turno, do projeto de lei 1.492/07 que autoriza a Prefeitura de Belo Horizonte a assinar convênio com a Prefeitura de Esmeraldas, na região metropolitana, para a implantação do aterro sanitário público.

terça-feira, 1 Julho, 2008 - 21:00
Uma das prioridades da Câmara Municipal para o reinício das reuniões plenárias, no dia 1º de agosto, é a discussão e votação, em segundo turno, do projeto de lei 1.492/07 que autoriza a Prefeitura de Belo Horizonte a assinar convênio com a Prefeitura de Esmeraldas, na região metropolitana, para a implantação do aterro sanitário público.

Na votação em primeiro turno, em 9 de junho passado, os vereadores aprovaram o projeto do Executivo, por 23 votos. A PBH ficará autorizada a transferir para Esmeraldas cerca de R$ 20 milhões, recursos necessários para desapropriação do terreno, realização das obras e aquisição de equipamentos.

A partir da obtenção do alvará de funcionamento do aterro, o município de Belo Horizonte vai repassar, mensalmente, R$ 100 mil para a Prefeitura da cidade vizinha, por causa do impacto ambiental. Esmeraldas fica a 53 km da capital mineira.

Sabará

Atualmente, 3 mil toneladas de lixo são recolhidas diariamente em BH e enviadas para o aterro privado em Sabará, também na região metropolitana. O aterro público do bairro Califórnia, às margens da BR-040, está com sua capacidade esgotada desde dezembro de 2007.

O aterro privado de Sabará vai custar à PBH, de junho até o final deste ano, cerca de R$ 14 milhões. Em 2007, os cofres municipais gastaram R$ 28 milhões para descarregar o lixo naquela cidade.

A Prefeitura de BH investe 4% de seu orçamento – cerca de R$ 160 milhões – com a coleta de lixo e de resíduos sólidos. A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (abrelpe) calculou em R$ 4,00 o gasto mensal com a limpeza urbana feito pelo município para cada morador da cidade.

Pelo mundo

Os problemas encontrados na destinação dos resíduos sólidos não é privilégio das grandes cidades brasileiras. Nova York enfrenta o mesmo problema. Com o aterro sanitário da cidade desativado em 2001, o lixo passou a ser levado para aterros distantes localizados em Nova Jersey, Pensilvânia e Virginia - alguns a quase 500 quilômetros de distância.
 
A cidade, que produz 11 mil toneladas de lixo por dia, só para o transporte desse material, precisa deslocar cerca de 550 reboques para a operação, que é definida como “uma operação militar cotidiana”.
 
Os 5.507 municípios brasileiros produzem, diariamente, 125 mil toneladas de resíduos, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE, realizada em 2000.

O que fazer com essa enorme quantidade de lixo ainda está sendo estudado. Hoje, são diversas alternativas tecnológicas para o tratamento de resíduo sólido urbano, como a incineração, a co-geração de energia elétrica e o aproveitamento do biogás (pela captação de metano liberado pelo lixo).

Informações na Superintendência de Comunicação Institucional (3555-1105/1216).