Feirantes e PBH discutem funcionamento da Feira da Afonso Pena durante a pandemia
Sugestões para aprimoramento do layout e manutenção da segurança sanitária foram debatidas em audiência da Comissão de Administração
Foto: Bernardo Dias/CMBH
A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, a “Feira Hippie”, após ter tido suas atividades suspensas em março, voltou a funcionar no último domingo de setembro com protocolos de vigilância em saúde e um novo layout. As normas de funcionamento, publicadas no Diário Oficial do Município no dia 24 de setembro, e a nova disposição das barracas, resultado de reuniões entre feirantes e a PBH, foram debatidas, nesta terça-feira (15/12), em audiência pública da Comissão de Administração Pública requerida pelo vereador Léo Burguês de Castro (PSL). O parlamentar informou que medidas para aprimorar o funcionamento da feira serão discutidas em novas reuniões que, assim como ocorreu na audiência, contarão com a presença de feirantes e da PBH.
A tradicional opção de exposição, comércio e lazer na Avenida Afonso Pena aos domingos voltou a funcionar no dia 27 de setembro com sua extensão ampliada, indo da Avenida Carandaí até a Praça Sete. Além disso, os setores de alimentação saíram da Afonso Pena, passando a funcionar no primeiro quarteirão da Rua Espírito Santo, entre a Afonso Pena e a Rua Carijós, e também na Avenida Álvares Cabral, entre a Afonso Pena e a Rua Goiás. O objetivo da nova disposição das barracas é garantir maior distanciamento no contexto da pandemia.
Alimentação
Feirantes do setor de alimentos acreditam terem sido os mais prejudicados com o novo layout estabelecido a partir de setembro. Eles reivindicam mais espaço para as barracas de alimentação e aventam a possibilidade de inclusão de mais uma área para abrigar o setor. Léo Burguês, líder de governo, afirmou que irá defender junto à PBH mais um espaço para a venda de alimentos na feira. A Avenida Carandaí chegou a ser analisada como mais uma área para a venda de gêneros alimentìcios, contudo, há entraves em decorrência de a via ser utilizada por ambulâncias da região hospitalar.
O líder de governo apontou que quando a feira tinha um tamanho menor, antes da suspensão por conta da pandemia, havia três áreas para venda de alimentos e, atualmente, com a extensão ampliada, há apenas duas áreas para a comercialização de gêneros alimentícios. Léo Burguês defendeu a manutenção da atual extensão da feira, mesmo após a pandemia, e, ainda, promover aprimoramentos para permitir o funcionamento de três áreas para venda e consumo de alimentos.
O vereador também aproveitou a audiência para reafirmar a importância do setor de alimentos ao classificá-lo como parte indispensável da feira. Léo Burguês fez, ainda, uma comparação com outros centros comerciais ao apontar que, assim como não há shopping sem área de alimentação, a feira não pode prescindir de seu setor de alimentos.
Outro espaço sugerido durante a audiência para abrigar barracas de alimentos na feira foi a Rua da Bahia, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua dos Goytacazes. Léo Burguês salientou que todas as sugestões dos feirantes para o aprimoramento do layout serão discutidas em reuniões que contarão com a presença de representantes de expositores e da Prefeitura.
Sugestões
Durante a audiência, os expositores elogiaram a retomada do funcionamento da Feira da Afonso Pena, salientaram os esforços para que as atividades se adéquem ao contexto da pandemia e apontaram que melhorias ainda podem vir a ser implantadas. Entre as opiniões ouvidas dos clientes, os feirantes destacaram elogios ao novo layout, mas também reclamações de que a maior extensão da feira dificulta o acesso a determinadas áreas em decorrência da grande distância a ser percorrida entre os setores.
Os feirantes ainda apresentaram sugestões e reivindicações em relação a diversos temas como a revisão da política de multas, uma vez que as sanções pecuniárias seriam, por vezes, excessivas na visão de alguns expositores. Também foi sugerida a possibilidade de oferta de cursos de qualificação para artesãos, bem como o exercício da atividade fiscalizatória por parte da PBH para assegurar que os expositores respeitem os espaços delimitados no novo layout.
Protocolos de saúde
Uma Portaria foi publicada no dia 24 de setembro, no Diário Oficial do Município, estabelecendo medidas temporárias e protocolos de vigilância em saúde para o funcionamento de feiras, incluindo a da Afonso Pena. Os expositores salientam que estão cumprindo a Portaria. Eles destacam que cobrem as máquinas de pagamento com filme plástico, para facilitar a higienização após o uso, conforme determina a PBH, e disponibilizam álcool 70% em cada barraca e nos locais de alimentação.
A Portaria também determina o uso obrigatório de máscara por todos os frequentadores, incluindo os feirantes, durante o período em que permanecerem na feira, exceto quando estiverem em momento de alimentação. Em relação a este ponto, foi relatado que a grande maioria dos consumidores usa máscara e, para ampliar o uso da proteção pelos frequentadores, foi sugerida a promoção de campanhas de conscientização, inclusive, com a distribuição de máscaras descartáveis aos frequentadores. Todas as sugestões apresentadas continuarão a ser debatidas entre feirantes e PBH, o que poderá resultar em readequações da feira a partir do ano que vem.
Assista ao vídeo da reunião na íntegra.
Superintendência de Comunicação Institucional