Carnaval e comida de boteco se tornam elementos da identidade cultural de BH

O Carnaval de Belo Horizonte está oficialmente reconhecido como manifestação cultural do município. A Lei 11.830, de autoria da vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo), foi sancionada nesta terça-feira (11/3) no Diário Oficial do Município (DOM). Com o reconhecimento, os blocos de rua, escolas de samba e blocos caricatos da capital, bem como quaisquer outras manifestações carnavalescas populares e espontâneas, são declarados fundamentais para o desenvolvimento da economia criativa em Belo Horizonte. O texto também reconhece como manifestação cultural identitária do município toda a atividade que promova a gastronomia mineira, incluindo a cozinha dos bares e botecos de Belo Horizonte.

 

Segundo Fernanda Pereira Altoé, o reconhecimento é essencial para assegurar o apoio contínuo às agremiações e grupos culturais envolvidos no Carnaval de BH, e expandir os benefícios econômicos e turísticos para Belo Horizonte. Para a vereadora, a medida "contribui não apenas para a geração de emprego e renda, mas também para garantir o cumprimento do direito constitucional de acesso à cultura, preservando e promovendo as riquezas culturais de Belo Horizonte".

 

 

Neste ano de 2025, o Carnaval de Belo Horizonte levou cerca de 6 milhões de foliões às ruas entre os dias 15 de fevereiro e 9 de março. Desse total, 270 mil foram turistas, segundo balanço divulgado pela Prefeitura nesta terça (11/3). Os dados também apontam que o Carnaval movimentou R$ 1,2 bilhão na economia local, gerando mais de 20 mil empregos diretos e indiretos. 

 

Por sua vez, conforme destacou Fernanda Altoé, os bares e botecos de Belo Horizonte são parte fundamental da identidade da Cidade Criativa da Gastronomia – título concedido pela UNESCO em 2019. “Nesses locais, a comida não é apenas um alimento, mas um ponto de encontro social e cultural, onde se celebra a mineiridade e as tradições locais”, aponta. Para ela, a nova medida vem garantir a prestação de apoio e fomento, por parte do poder público, tanto às atividades carnavalescas populares quanto à gastronomia mineira feita na capital, uma vez que prevê a facilitação do acesso aos mecanismos de patrocínios municipais.

 

 

A nova lei também garante o incentivo à capacitação e à formação dos atores envolvidos nessas manifestações, beneficiando chefs, cozinheiros e demais “detentores de saber” da gastronomia mineira, além dos "mestres e fazedores" do Carnaval de Belo Horizonte.