Oficina "Colorindo Guignard" atraiu frequentadores do restaurante popular

Integrando a programação especial de férias do Câmara Cultural, criado em 2023 para promover a arte, a cultura e a história de Belo Horizonte e de Minas Gerais e aproximar a população do Legislativo, aconteceu nesta quinta-feira (25/1), na área externa do restaurante popular, a oficina "Colorindo Guignard". Gratuita e aberta ao público, a atividade chamou a atenção das pessoas que circularam no local. Participantes de 2 a 70 anos aproveitaram o horário do almoço para desenhar e colorir paisagens do famoso pintor modernista que, após passagens pela Europa, Rio de Janeiro e Ouro Preto, adotou a capital mineira para morar e trabalhar. Encantado com o cenário natural e o casario típico, que retratou com delicadeza e poesia, projetou a imagem de Minas para o Brasil e o mundo.

Idealizada pelo Museu Casa Guignard de Ouro Preto, a oficina ‘Colorindo Guignard’ chamou a atenção de quem circulava na área externa do Refeitório Popular João Bosco Murta Lages, situado no Núcleo de Cidadania da Casa, no térreo. Segundo a coordenadora do museu e mediadora da atividade, Wanalyse Emery, a oficina visa a despertar o interesse e a trabalhar a percepção estética sobre a obra do artista, a partir das releituras feitas pelos participantes. Cartões com reprodução dos originais estão disponíveis, mas, para privilegiar a imaginação e a criatividade, eles não fornecidos junto com a versão em preto e branco, deixando as pessoas livres para escolher as cores e acrescentar novos elementos ao desenho.

Atraídas pelos lápis de cor e de cera, canetas, pincéis e tintas coloridas, dezenas de pessoas se revezaram nas mesinhas entre 12h e 15h. As aposentadas Ida Maria Lima e Maria José Borges, que saíam do restaurante, se sentaram para colorir. Sem tirar os olhos do papel, aproveitaram para se distrair e ocupar o tempo. “Eu estava mesmo procurando uma atividade”, comemorou Ida. Após almoçar com o filho Arthur Samuel, de dois anos, Victor Augusto também pegou papel e lápis de cor. Servidora da Câmara, Noemi Landi aproveitou o intervalo para participar da oficina. “É uma boa oportunidade de descontrair e também de desenvolver um hobby”, afirmou, enquanto coloria as casinhas típicas da obra de Guignard.

Imaginário de Minas

Sobre Guignard, Wanalyse afirmou que, apesar de outros artistas terem retratado Minas Gerais desde o século XVIII, foi ele quem projetou o estado no Brasil e no mundo. “Não dá pra falar no imaginário de Minas sem falar em Guignard. Era um artista diferenciado. O amor transborda em sua obra”, elogiou.

Nascido em Nova Friburgo (RJ) em 25 de fevereiro de 1896, Alberto da Veiga Guignard viveu seus últimos 18 anos entre Ouro Preto e Belo Horizonte, onde fundou e dirigiu a Escola Municipal de Belas Artes que, após sua morte, em 1962, passou a se chamar Escola Guignard. Dedicou-se a vários gêneros da pintura, como retrato, autorretrato, paisagem, natureza-morta, pinturas de gênero e temática religiosa, sendo notadamente um dos maiores nomes da segunda geração do modernismo no Brasil.

Visita guiada

Além das oficinas de desenho, de cerâmica e de fotografia, a Programação Especial de Férias, gratuita e aberta ao público, incluiu a exibição de filmes (Cine Câmara) e visitas guiadas na Câmara e outros locais de interesse histórico da cidade. A iniciativa integra o Programa Câmara Cultural, instituído em 2023 com objetivo de contribuir na promoção e preservação da memória e do patrimônio artístico e cultural belo-horizontino em suas diferentes manifestações. A programação de janeiro se encerra nesta sexta-feira (26), com um passeio guiado pelas diversas sedes do Legislativo Municipal.

Superintendência de Comunicação Institucional