AUDIÊNCIA PÚBLICA

Situação dos lojistas de shoppings populares será debatida na Câmara

Ex-camelôs denunciam insegurança e altos custos dos aluguéis, que já causaram o fechamento de diversos estandes

quarta-feira, 14 Junho, 2017 - 15:45
Portaria 1 do Shopping Popular Oiapoque, em Belo Horizonte

Imagem: Google StreetView

Com a finalidade de ouvir as denúncias e buscar soluções para os problemas enfrentados pelos lojistas dos shoppings populares, referentes à viabilidade econômica e à segurança jurídica, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário promoverá audiência pública na próxima segunda-feira (19/6). O debate, que deverá contar com a presença de representantes da prefeitura, administradores e associações de lojistas e é aberto à participação de qualquer cidadão interessado, terá início às 18h30, no Plenário Helvécio Arantes.

Autor do requerimento da audiência, o vereador Gilson Reis (PCdoB) denunciou a “contínua e intensa insegurança jurídica dos comerciantes, lojistas e associações” que atuam no comércio popular, arcando com altos aluguéis pelos espaços e precária infraestrutura de trabalho. Após uma visita, no mês de maio, ao Shopping Xavantes, onde se reuniu com lojistas e integrantes da Associação de Trabalhadores, o parlamentar comprometeu-se a trazer o debate para o âmbito do Legislativo, na busca de intermediar uma saída para a crise vivida. “Um comércio de grande relevância para a cidade, não só pela diversidade de materiais e recursos comercializados quanto pelo número de empregos gerados. Com 680 lojas disponíveis, o estabelecimento tem hoje 170 unidades fechadas (um quarto do total), em decorrência do custo dos aluguéis, segundo queixa dos lojistas e demais trabalhadores ouvidos. A maioria voltou para as ruas”, afirma o parlamentar.

Em audiência pública que debateu, no último dia 16 de maio, a requalificação do hipercentro da capital, na qual diversos ex-camelôs transferidos para esses shoppings se queixaram dos altos preços do aluguel de estandes, Reis recomendou o reforço das iniciativas e o fortalecimento da economia solidária no município, com incentivos para a produção e abertura de vagas em feiras para comercialização, mas salientou a importância do acompanhamento posterior e da gestão desses espaços, de forma a adequar a oferta às necessidades e ao contexto socioeconômico dessas pessoas.

Para debater a questão, foram convidados a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, as Associações de Lojistas de Shoppings Populares e as administrações dos shoppings Xavantes, Oiapoque, Tupinambás e UAI e Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH).

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