SAÚDE E SANEAMENTO

Audiência pública na Câmara discute glaucoma

O atendimento e fornecimento de medicamentos a pacientes com glaucoma foram temas debatidos pela comissão de Saúde e Saneamento, em audiência pública realizada hoje, 22 de novembro. Requerida e presidida pela vereadora Neila Batista (PT), a audiência contou com a participação dos vereadores Divino Pereira (PMN) e Ronaldo Gontijo (PPS).

quarta-feira, 21 Novembro, 2007 - 22:00
O atendimento e fornecimento de medicamentos a pacientes com glaucoma foram temas debatidos pela comissão de Saúde e Saneamento, em audiência pública realizada hoje, 22 de novembro. Requerida e presidida pela vereadora Neila Batista (PT), a audiência contou com a participação dos vereadores Divino Pereira (PMN) e Ronaldo Gontijo (PPS).

Um dos objetivos da reunião era prestar esclarecimento sobre o fornecimento de medicamentos aos pacientes, feito pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, por meio dos centros de referência em oftalmologia: Clínica de Olhos da Santa Casa, Hospital das Clínicas/UFMG e Hospital São Geraldo. A distribuição se deve ao cumprimento do “Termo de Compromisso”, firmado em 30 de dezembro de 2006 entre a Secretaria Municipal de Saúde (SSA/BH) e a Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte.

Diagnóstico

O glaucoma é causado por diferentes enfermidades que, na maioria dos casos, levam a um aumento da Pressão Intra-Ocular (PIO). O aumento da pressão é causado por um bloqueio ao fluido no interior do olho. Com o tempo, isso causa dano ao nervo óptico. Se houver a detecção precoce, o diagnóstico e o tratamento adequado, é possível preservar a visão.

Rubens Leite, representante dos pacientes e portador da doença há 15 anos, disse que há alguns problemas sérios no programa de distribuição dos medicamentos. Segundo ele, o termo não está sendo cumprido e os remédios, que deveriam ser entregues a cada 90 dias, não chegam aos usuários, causando a interrupção do tratamento e a piora dos casos.

Outro problema apontado por Rubens Leite é a falta de informação e orientação sobre a doença, que não apresenta sintomas: “Nas escolas, o aluno não aprende sobre doenças crônicas como glaucoma, hipertensão ou diabetes e mesmo nos postos de saúde é difícil obter informações”.

De acordo com a gerente do Centro Municipal de Oftalmologia, Nilce Maria Nogueira, há uma evolução com a implantação do programa e que, por ser um modelo pioneiro, ainda vai passar por muitas adequações, pois a oftalmologia possui uma demanda grande e sempre crescente. Afirmou, também, que a distribuição de colírios iniciou-se em dezembro do ano passado, privilegiando os de custo mais elevado, para beneficiar os pacientes. “Essa distribuição foi iniciada sem uma programação orçamentária para o ano de 2007, um problema que será resolvido no próximo ano”.

O coordenador do Hospital São Geraldo, Roberto Teixeira, ressaltou que a prioridade do programa é o controle adequado da patologia, que não apresenta sintomas perceptíveis aos pacientes. “É necessário um planejamento para atender ao crescimento da demanda por atendimento, o que é inevitável, pois Belo Horizonte é referência em oftalmologia em todo o País”, constatou.

Os vereadores citaram a importância da reunião, pois foram divulgadas informações de extrema importância para os pacientes e familiares. Rubens Leite sugeriu a criação de um programa de relacionamento entre os prestadores de serviço de saúde, o Estado e o usuário, para divulgar informações e esclarecimentos sobre a doença.

Também compareceram à reunião a gerente da Gerência de Controle e Avaliação da Secretaria Municipal de Saúde, a médica Ester Cardozo Dias; a Promotora de Justiça de Defesa da Saúde do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Josely Ramos Pontes; e o diretor da Clínica de Olhos da Santa Casa de Misericórdia, Wagner Duarte Batista

Informações nos gabinetes dos vereadores: Neila Batista (3555-1182/1183); Divino Pereira (3555-1155/1156); e Ronaldo Gontijo (3555-1178/1179)