Disponível em (https://cmbhweb.cmbh.mg.gov.br)


Orçamento Participativo pode ter, em 2026, cerca de R$ 200 milhões

Assunto: 
JÁ ESTÁ EM VIGOR
Moradores de BH votam em reunião do Orçamento Participativo
Foto: Sidney Procópio/PBH/Flickr

O Orçamento Participativo de BH teve um avanço importante para assegurar a realização das obras escolhidas como prioridade pela população. A Câmara Municipal de Belo Horizonte promulgou, na quarta-feira (12/3), a Emenda à Lei Orgânica 43/2025, que estabelece que o percentual mínimo da receita corrente líquida prevista no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) a ser destinado pelo Executivo ao OP passe de 0,2% para 1%. A medida já está em vigor e a expectativa, segundo parlamentares ouvidos, é de que, para o próximo ano, mais de R$ 200 milhões sejam destinados às intervenções previstas no programa. O Município tem até o dia 31 de agosto para enviar à Câmara o PLOA/2026. Nele, já deverá constar a estimativa do montante a ser destinados ao OP.

A mudança foi comemorada por vereadores, que acreditam que ela trará segurança e a garantia de que os empreendimentos escolhidos pela população sejam entregues à cidade. Com a promulgação da emenda, a destinação de recursos torna-se obrigatória, garantindo assim a execução das obras. De acordo com dados da Prefeitura de BH, desde 1993, quando o OP foi criado, 1.652 obras foram escolhidas pela população. Destas, 1.439 já foram concluídas, 131 estão em andamento e 82 ainda precisam ser viabilizadas.

Promulgada pela Mesa Diretora

A Proposta de Emenda à Lei Orgânica (PELO) é uma iniciativa que visa alterar, acrescentar ou suprimir dispositivos da Lei Orgânica do Município. As mudanças dispensam a anuência do Executivo, sendo promulgadas pela Mesa Diretora. Na Câmara Municipal, elas são discutidas e votadas em dois turnos e sua aprovação exige o voto favorável de, no mínimo, dois terços dos membros da Casa, ou seja, 28 vereadores.

Luiza Dulci (PT) celebrou a promulgação e disse que a emenda cumpre um papel histórico de garantir uma fatia de recursos significativa para ser investida nas obras escolhidas pela população todos os anos. "A estimativa é de termos cerca de R$200 milhões anualmente investidos no OP, o que é muito positivo para a cidade. Resta agora ao legislativo, aos movimentos populares e às associações estarem atentos e vigilantes, para cobrar e garantir que esse recurso seja efetivamente aplicado”, afirma. Loíde Gonçalves (MDB) recordou que o primeiro pedido de informações que assinou como vereadora solicitou exatamente explicações sobre obras do OP que foram iniciadas e não foram executadas. “A promulgação é um avanço para a nossa cidade. Ela vai trazer mais segurança e recursos para que essas obras possam ser concluídas e entregues para a população”, ressalta.

Parlamentares de todos os partidos

A PELO que originou a Emenda à Lei Orgânica 43/2025 é de autoria do ex-vereador Wilsinho da Tabu e de outros 17 parlamentares: Cida Falabella (Psol); Cláudio do Mundo Novo (PL); Cleiton Xavier (MDB); Dr. Bruno Pedralva (PT);  Flávia Borja (DC); Helinho da Farmácia (PSD); Irlan Melo (Republicanos); Iza Lourença (Psol); Janaina Cardoso (União); José Ferreira (Pode); Loíde Gonçalves (MDB); Maninho Félix (PSD); Marilda Portela (PL); Pedro Patrus (PT); Professor Juliano Lopes (Pode); Professora Marli (PP); Wanderley Porto (PRD). Assinam o texto também três ex-vereadores: Gilson Guimarães, Henrique Braga e Jorge Santos.

Ao tramitar na Casa, a medida recebeu aprovação de parlamentares de diversos partidos. Na aprovação definitiva de 2º turno, Dr. Bruno Pedralva celebrou que o Orçamento Participativo estava deixando de ser um programa para se tornar uma política de estado. Já Braulio Lara (Novo) destacou a unanimidade dos votos e disse querer ver o dispositivo em funcionamento.

Prioridades da população

Das 1.652 obras eleitas pela população desde 1993, 1.615 foram escolhidas por meio do OP Regional e 37 no OP Digital. O Barreiro foi a regional que mais empreendimentos aprovou (199), seguida pela Norte (195) e Leste (192). As que registraram menor número foram Centro-Sul e Pampulha, com 162 empreendimentos cada uma.

As obras de infraestrutura e urbanização somam a maioria das intervenções (717), seguidas por obras de drenagem (317), reforma e ampliação de equipamentos (266) e novos equipamentos (251). Entre as obras entregues nestes mais de 30 anos de programa estão a reforma e ampliação de diversos centros de saúde, escolas municipais e Centros de Referência em Assistência Social (Cras).

Segundo dados disponíveis no site do Município, 131 empreendimentos estão atualmente em andamento e 82 ainda precisam ser viabilizados, a maioria aguardando análise. O OP 2024/2025 focou suas intervenções nos Assentamentos de Especial Interesse Social. Ao todo, 69 empreendimentos foram selecionados e cerca de R$ 108 milhões, destinados para a execução das obras.

Superintendência de Comunicação Institucional

 

Data publicação: 
quinta-feira, 13 Março, 2025 - 11:30
Suprimir Assunto: 
0
Tópicos: 
Luiza Dulci
Cida Falabella
Cláudio do Mundo Novo
Cleiton Xavier
Dr. Bruno Pedralva
Flávia Borja
Helinho da Farmácia
Irlan Melo
Iza Lourença
Janaina Cardoso
José Ferreira
Loíde Gonçalves
Maninho Felix
Marilda Portela
obras de drenagem
orçamento participativo
Pedro Patrus
Professor Juliano Lopes
Professora Marli
Wilsinho da Tabu
Wanderley Porto