Equidade racial no campo econômico em debate nesta terça-feira (2)
Estudo realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), aponta que nos últimos 10 anos (2013-2023) o número de empreendedores negros no Brasil cresceu 22%, superando a performance dos donos de pequenos negócios brancos, que registraram uma alta de 18%. Com o objetivo de debater e formular políticas públicas que incentivem a equidade racial no âmbito econômico, por meio de ações afirmativas e programas direcionados, a Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor realiza, nesta terça-feira (2/12), audiência pública para debater o assunto. A iniciativa é do vereador Pedro Patrus (PT), e o encontro está marcado para às 10h. A reunião pode ser acompanhada presencialmente, no Plenário Helvécio Arantes, ou por meio de transmissão ao vivo no portal e no canal da CMBH no Youtube.
Patrimônio cultural e histórico
Para Pedro Patrus, a formulação de políticas públicas específicas possibilita o crescimento e a consolidação dos empreendimentos afro-brasileiros em Belo Horizonte. A cidade, destaca o parlamentar em sua solicitação, preserva um vasto e valioso patrimônio cultural e histórico, profundamente vinculado à contribuição e à presença significativa da população negra. Além disso, ele lembra que o município abriga seis quilombos urbanos, guardas de Congado, terreiros de Candomblé e Umbanda, além de rodas de samba, capoeira, blocos afros e afoxés, entre diversas outras manifestações culturais. “Essas expressões constituem fundamentos essenciais da identidade histórica e cultural belo-horizontina e, ao mesmo tempo que promovem diversidade e resistência, evidenciam a relevância e a vitalidade do afroempreendedorismo no contexto brasileiro”, afirma.
Economia mais inclusiva, equitativa e diversa
Ainda segundo Patrus, o afroempreendedorismo encontra sustentação nas comunidades tradicionais de matriz africana, que, ao longo de sua trajetória, desenvolveram práticas econômicas autossustentáveis, sobretudo durante e após o período escravista.
“Assim, compreender as potencialidades e os desafios enfrentados por esses empreendedores torna-se fundamental para a formulação de políticas públicas eficazes, capazes de fortalecer e consolidar uma economia mais inclusiva, equitativa e diversa”, ressalta Pedro Patrus.
A reunião pode ser acompanhada presencialmente, no Plenário Helvécio Arantes, ou por meio de transmissão ao vivo no portal e no canal da CMBH no Youtube.
Superintendência de Comunicação Institucional