Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença do glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, ficando atrás apenas da catarata. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento serão debatidos nesta quarta-feira (18/6), às 13h, no Plenário Helvécio Arantes, em audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento. Foram convidados para o encontro o secretário municipal de Saúde, Danilo Borges Matias; o presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma, Emilio Rintaro Suzuki Jr; o presidente da Sociedade Mineira de Oftalmologia, Murilo Alves Rodrigues; e a coordenadora da Câmara Técnica de Oftalmologia do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, Fernanda Moreira de Abreu e Silva. Realizada a pedido de Loíde Gonçalves (MDB), a reunião é aberta à participação dos cidadãos e também será transmitida ao vivo pelo site e canal da CMBH no Youtube.

De acordo com o requerimento de Loíde Gonçalves, a realização da audiência se justifica diante da crescente prevalência do glaucoma, doença ocular frequentemente diagnosticada em estágios avançados, o que compromete significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O glaucoma acontece quando a pressão dentro do olho fica elevada, o que provoca lesões no nervo ótico e compromete a visão.

“A escassez de informação sobre a doença, as dificuldades no acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado, além da carência de políticas públicas eficazes, tornam essencial o debate para a construção de estratégias que melhorem a prevenção, o controle e o atendimento à população afetada”, argumenta a parlamentar.

De acordo com nota técnica assinada pela consultora legislativa de Saúde Pública Maria Batista da Silva, produzida a requerimento da autora da audiência, a estimativa é de que, no Brasil, mais de 35 milhões de pessoas tenham algum problema que cause dificuldade para enxergar, sendo que pelo menos 900 mil têm o diagnóstico de glaucoma. No mundo, a doença atinge cerca de 64,3 milhões de pessoas entre 40 e 80 anos. E a projeção é de que, até 2040, esse número aumente para 111,8 milhões.

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