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Vereadores questionam retirada de moradores de área sob viaduto na Silva Lobo

Assunto: 
DIREITOS HUMANOS
Foto: Abraão Bruck/CMBH

A retirada na manhã desta quarta-feira (28/6) pela prefeitura de um grupo de pessoas que vivia embaixo do viaduto sobre a Avenida Silva Lobo foi criticada por vereadores da Comissão de Direitos e Defesa do Consumidor em reunião ordinária. Eles classificaram a operação como “despejo administrativo” e “higienização”, e defenderam a criação de políticas públicas para as pessoas em situação de rua. A comissão também apreciou proposta que prevê embarque e desembarque de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida entre as paradas obrigatórias de pontos de ônibus.

Numa ação para a desobstrução do espaço público que envolveu agentes da prefeitura, limpeza urbana, técnicos de fiscalização e Guarda Municipal foram removidos tapumes, sofás e colchões. Cerca de 30 pessoas viviam no local, entre elas crianças e mulheres grávidas. Há uma semana, a prefeitura teria notificado o grupo sobre a operação. Parte das pessoas optou por seguir para abrigos municipais nos Bairros Pompeia e Granja de Freitas, enquanto algumas quiseram permanecer no local.  

A vereadora Áurea Carolina (Psol) avaliou o fato como um “despejo administrativo” de famílias, que viviam em moradias de madeirite. No lugar da “higienização do viaduto”, Áurea defendeu a necessidade de políticas públicas para a população em situação de rua, posicionamento reforçado pelo vereador Pedro Patrus (PT). Presidente da comissão, Gabriel (PHS) propôs uma reunião com a secretária municipal de Políticas Sociais, Maíra da Cunha Pinto Colares, e a secretária municipal de Serviços Urbanos, Maria Fernandes Caldas.

Acessibilidade

De autoria do vereador Cláudio da Drogaria Duarte (PMN), o PL 187/17, que tramita em 1º turno, recebeu parecer pela aprovação. O projeto assegura aos usuários do transporte coletivo municipal com deficiência e mobilidade reduzida o direito de embarque e desembarque entre as paradas obrigatórias de pontos de ônibus.

Já o PL 120/17, do vereador Pedro Bueno (PTN), também em 1º turno, teve parecer pela rejeição. O texto propõe prioridade de inclusão da mulher vítima de violência doméstica ao mercado de trabalho, com apresentação de boletim de ocorrência e/ou processo de medida protetiva. Segundo o relator, Pedro Patrus, ao dar prioridade de inclusão no mercado de trabalho à mulher que sofreu violência em casa, o projeto acaba por aumentar a vitimização dessa mulher. Além disso, mesmo que não seja obrigatório que ela solicite prioridade nas seleções de vagas de emprego, a proposta leva a uma exposição dessa vítima, ao demandar a apresentação de boletim de ocorrência ou processo de medida protetiva.

A comissão ainda rejeitou parecer favorável ao PL 6/17, de autoria do vereador Léo Burguês de Castro (PSL), que institui sistema de segurança básico a ser adotado durante a realização de eventos ou atividades que envolvam grande aglomeração de pessoas, disponibilizando sinalização física, de fácil visibilidade, indicando a saída dos eventos e a localização dos equipamentos de segurança. Para o colegiado, a medida dificultaria a realização de manifestações políticas e de eventos de rua, cerceando-se, assim, o direito de ocupação do espaço público. Novo relator será designado para a matéria.

Confira o resultado completo da reunião.

Superintendência de Comunicação Institucional

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Direitos Humanos
Data publicação: 
quarta-feira, 28 Junho, 2017 - 13:45
Tópicos: 
pessoas em situação de rua
ônibus
pessoa com deficiência
Gabriel
Pedro Patrus
Áurea Carolina
Cláudio da Drogaria Duarte
Pedro Bueno
Léo Burguês de Castro
Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor