Dados sobre pessoas em situação de rua serão apresentados por especialista

Quem caminha por Belo Horizonte talvez perceba muitas pessoas em situação de rua, uma vez que esse contingente populacional vem aumentando na cidade. Diante desse cenário, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário vai realizar, nesta quinta-feira (4/11), às 13h30, no Plenário Camil Caram, audiência pública para exposição e mapeamento de dados e possíveis soluções para atender a esse grupo que vive em situação de vulnerabilidade. Informações sobre esse segmento da população e sua localização na capital serão apresentadas pelo pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Tiago Gonçalves de Azevedo. O evento será transmitido ao vivo pelo Portal da Câmara de BH, e os interessados já podem enviar por aqui suas perguntas e/ou sugestões.
Solicitada por Braulio Lara (Novo), a reunião se relaciona ao estudo "BH sem morador de rua", desenvolvido pelo mesmo vereador e que tem o objetivo de promover análises sobre o assunto nos seguintes eixos temáticos: atendimento e encaminhamento social, revitalização de centralidades e bairros degradados, fomento do turismo em regiões específicas, e reinserção no mercado de trabalho.
Além do pesquisador da UFMG, a reunião também inclui os seguintes convidados: a secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra da Cunha Pinto Colares, e o diretor da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil - regional Minas Gerais), Adriano Carlos Aureliano.
Abrigo e emprego
No dia 21 de outubro, a comissão realizou outra audiência ligada ao tema, na qual foram discutidas alternativas para mudar a perspectiva de pessoas em situação de rua em Belo Horizonte, garantindo-lhes direitos como abrigo, proteção de pertences, emprego e renda. No encontro, também solicitado por Braulio Lara, foram debatidos o papel da Guarda Municipal no encaminhamento de casos à assistência social da Prefeitura, a dificuldade na investigação de ocorrências pela Polícia Civil, devido à ausência de cadastros e registros; e a importância de um trabalho interdisciplinar entre governo, universidades, Judiciário e movimentos sociais para a humanização do atendimento a essa população.
No encontro, o vereador destacou a necessidade de se estabelecer um diálogo com as forças de segurança da capital e o Ministério Público para o mapeamento do cenário sobre a população em situação de rua em Belo Horizonte. Ele disse que muitos são os desafios que envolvem o tema e que a sensação de insegurança influencia a dinâmica comercial de Belo Horizonte e o desenvolvimento das empresas, de modo que a questão precisa ser objeto de políticas públicas.
Superintendência de Comunicação Institucional