O transporte escolar está com suas atividades paralisadas em Belo Horizonte em decorrência da suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia Covid-19. Diante desse cenário, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário aprovou, nesta quinta-feira (21/5), a realização de uma audiência pública, que ocorrerá no dia 29 de maio, para debater a possibilidade de a frota do transporte escolar passar a atuar na operação de transporte de passageiros, de forma complementar às linhas de transporte coletivo regulares, em trajetos e horários a serem definidos pelo poder público, durante o período da pandemia. Na mesma reunião, o presidente da Comissão, o vereador Jair Di Gregório (PSD), anunciou que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) lhe informou que, nesta sexta-feira (22/5), deverá ser tornado público o programa de flexibilização das atividades comerciais em Belo Horizonte. Confira aqui o resultado completo da reunião.

A audiência pública para debater alternativas de trabalho ao transporte escolar durante a pandemia foi requerida pelo vereador Orlei (PSD). Para a atividade, que será remota, foram convidados o deputado estadual Celinho Sintrocel (PCdoB) e representantes da BHTrans, da Associação dos Usuários do Transporte Coletivo, do Sindicato dos Transportadores de Escolares da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Sintesc) e do Procon Municipal.

De acordo com o vereador Wesley Autoescola (Pros), a ideia de usar o transporte escolar como complementar ao transporte coletivo já foi apresentada por um deputado estadual em Goiás. Wesley afirmou que, em Belo Horizonte, há cerca de 2 mil veículos de transporte escolar paralisados e, portanto, a proposta poderia garantir renda para a categoria durante a pandemia. Segundo o parlamentar, faz-se necessário discutir a viabilidade da medida, o que deve ocorrer na sexta-feira (29/5) durante a audiência pública, que ainda não tem local e horário definidos.

Retomada do comércio

“Chegou o momento da flexibilização”, afirmou o presidente da Comissão, Jair Di Gregório, em referência às medidas da PBH que suspenderam o alvará de localização e funcionamento de uma série de atividades comerciais em Belo Horizonte como forma de promover o isolamento social e combater a propagação do novo coronavírus. O parlamentar afirmou que se o prefeito Alexandre Kalil não tivesse tido coragem de tomar as ações necessárias contra o vírus, muito mais mortes teriam ocorrido na cidade por conta da doença. Agora, contudo, ele considera que é chegada a hora da flexibilização. “Eu conversei com o prefeito Kalil e, segundo o que ele me garantiu, a partir de sexta-feira, agora, juntamente com os médicos que cuidam dessa parte na cidade, nós começaremos, se Deus quiser, o programa de flexibilização da cidade, de reabertura dos comércios”, afirmou o parlamentar. Jair Di Gregório também questionou a atual necessidade de algumas atividades terem que permanecer suspensas: “que mal tem uma barbearia funcionar, um salão de beleza? Não tem problema nenhum, é só termos os cuidados básicos”, garantiu. Ainda segundo ele: “quem tem saúde tem que ir pro trabalho, quem é do grupo de risco, fique em casa”.

Requerimentos de informação

A Comissão aprovou requerimento que busca obter esclarecimentos do Gabinete do Prefeito Alexandre Kalil sobre os motivos pelos quais três pedidos de informação não foram respondidos pelo Executivo. O requerimento também solicita o envio das respostas anteriormente solicitadas. Os pedidos de informação tratam do andamento das obras de prevenção de enchentes nas Bacias Túnel/Camarões, no Bairro Tirol, Regional Barreiro; do quadro de fiscais da BHTrans e da perspectiva de realização de concurso público para contratação de novos trabalhadores para atuarem na fiscalização; e da contratação de agentes de bordo para o sistema de transporte público coletivo de passageiros de Belo Horizonte. Os requerimentos são de autoria do vereador Gabriel (Patri).

Assista ao vídeo da reunião na íntegra.

Superintendência de Comunicação Institucional