AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO

Centros de saúde dos Bairros Paulo VI e Conjunto precisam de reforma

Secretaria de Saúde se comprometeu a reformar todos os 152 centros de saúde e regularizar o fornecimento de medicamentos

segunda-feira, 8 Maio, 2017 - 20:00

Foto: Gabinete do vereador Edmar Branco

Os centros de saúde dos Bairros Paulo VI e Conjunto Paulo VI receberam a visita técnica da Comissão de Saúde e Saneamento, por requerimento do vereador Edmar Branco (PTdoB), na tarde desta segunda-feira (8/5). Foi constatada a necessidade de reformas e ampliação nas duas unidades. Além disso, usuários reclamaram da falta de medicamentos e de outros insumos. A Secretaria Municipal de Saúde, que acompanhou a visita técnica, informou que todos os 152 centros de saúde da capital serão reformados até o final deste ano e garantiu que, em até dois meses, os medicamentos faltosos estarão disponíveis aos usuários.

A usuária do Centro de Saúde Conjunto Paulo VI, Osmarina Raimunda Santos Paula, reverberou, durante a visita técnica, demanda que é partilhada pelos funcionários da unidade e por outros usuários: “O centro de saúde precisa de mais espaço”. Ela explicou que o bairro está recebendo novos moradores e a estrutura física da unidade já é insuficiente para atender adequadamente à demanda.

Já a usuária Mônica, que é mãe de duas crianças que precisam fazer uso de Salbutamol, medicamento usado em casos de asma e bronquite, contou que o produto está em falta no Centro de Saúde Conjunto Paulo VI. A indisponibilidade do medicamento, que deveria ser distribuído pela rede pública, agrava o quadro de saúde dos pacientes. A prefeitura informou que irá verificar a situação e garantiu que está trabalhando para normalizar a distribuição dos medicamentos, o que, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, deve ocorrer em até dois meses.

O gerente do Centro de Saúde Conjunto Paulo VI, Raphael Abou-yd, explica que em áreas de risco muito elevado, como as que compõem a área de abrangência do Conjunto Paulo VI, o ideal é que cada equipe de Saúde da Família atenda de 2.400 a 2.800 pessoas; no entanto, ele conta que as equipes da unidade que gerencia são responsáveis por 4700 e 3500 usuários cada. Áreas como a do Conjunto Paulo VI, classificadas como sendo de risco muito alto, são aquelas em que a chance de adoecimento da população é muito grande. A medição leva em consideração uma série de quesitos, como coleta de lixo, esgotamento sanitário, abastecimento de água, número de moradores por domicílio, grau de escolaridade, renda e cor da pele. Quanto mais alta a vulnerabilidade social, maior é a necessidade de investimentos públicos em saúde.

Centro de Saúde do Bairro Paulo VI

No Centro de Saúde Marivanda Baleeiro, localizado no Bairro Paulo VI, os usuários e funcionários da unidade também solicitaram a ampliação da estrutura física, que já não suporta adequadamente a demanda. A gerente da unidade, Raquel Borlido, explica que com a construção de novas moradias, inclusive do Minha Casa Minha Vida na região, o número de usuários da unidade aumentou significativamente. De acordo com ela, cerca de 9 mil pessoas foram incorporadas à área de abrangência do centro de saúde desde 2012 e a expectativa é que novos moradores que ainda vão chegar ao bairro nos próximos meses ampliem ainda mais a demanda na unidade. De acordo com a gerente, é necessário que seja dobrada a carga horária dos médicos que atendem as especialidades ginecologia, pediatria e clínica, passando a jornada de 20 para 40 horas. Além disso, segundo ela, a unidade precisa de mais uma equipe de saúde da família, de modo a totalizar seis. A gerente também afirma ser necessário mais enfermeiros e auxiliares de enfermagem na unidade.

Infiltrações e goteiras estão presentes no imóvel. Além disso, não há local adequado para que o armazenamento de medicamentos ocorra conforme preconizado pelo Ministério da Saúde. Assim como ocorre no Centro de Saúde Conjunto Paulo VI, nesta unidade também faltam medicamentos. Nela, o salbutamol também não foi encontrado.

Os usuários do posto também solicitaram a utilização de um terreno vizinho à unidade para a ampliação dos equipamentos de saúde no bairro. O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, explicou que o lote é de propriedade do governo do Estado de Minas Gerais, que precisaria cedê-lo à prefeitura antes que qualquer equipamento municipal fosse lá instalado. Segundo o secretário, as tratativas para a cessão do imóvel já estão em andamento.

O vereador Edmar Branco cobrou do secretário municipal de Saúde a reforma e a ampliação das duas unidades visitadas. O parlamentar também solicitou a regularização na distribuição de medicamentos. Especificamente em relação ao Centro de Saúde Marivanda Baleeiro, o parlamentar cobrou a garantia de acessibilidade para deficientes e a reforma do passeio. De acordo com ele, estas duas ações, que beneficiariam vários usuários, podem ser tomadas com rapidez, antes mesmo de uma reforma mais ampla, dada a relativa facilidade de implementação.

O parlamentar disse estar confiante de que as reformas e a ampliação das duas unidades irão melhorar o atendimento à população e as condições de trabalho dos funcionários. Edmar Branco contou que esta foi a primeira vez, em mais de cinco anos, que as duas unidades receberam a visita de um secretário municipal de Saúde, o que, segundo ele, aumenta a expectativa de que a atual gestão resolva os problemas relatados.

Superintendência de Comunicação institucional