PROBLEMAS NA SAÚDE

Comissão constata falta de espaço físico em unidades da Região Leste

Mesmo com equipes completas, centros de saúde precisam de ampliação para atender demanda crescente

segunda-feira, 25 Abril, 2016 - 00:00
Mesmo com equipes completas, centros de saúde precisam de amplicação - Foto: TV Câmara

Mesmo com equipes completas, centros de saúde precisam de amplicação - Foto: TV Câmara

Em visita técnica a centros de saúde da Região Leste na manhã desta segunda-feira (25/4), a Comissão de Saúde e Saneamento encontrou unidades lotadas devido ao início da vacinação contra a gripe H1N1. Apesar de constatarem a qualidade do serviço prestado pelos profissionais, vereadores que percorreram os postos Alto Vera Cruz, Taquaril e Novo Horizonte perceberam a necessidade de ampliação, a falta de medicamentos e equipamentos obsoletos.

Com mais de 14 mil usuários cadastrados, o Centro de Saúde Alto Vera Cruz possui cinco equipes de Programa Saúde da Família (PSF) completas, além de pediatras, psiquiatra, ginecologista, assistentes sociais, psicólogo, farmacêutico, terapeuta ocupacional e nutricionista.

O vereador Professor Wendel (PSB) considerou o atendimento um ponto positivo da unidade, apesar de alguns gargalos na área de informática que acabam atrasando o trabalho do médico na emissão da receita. Segundo ele, a unidade também precisa de revitalização e de mais banheiros.

Ressaltando a qualidade do atendimento, o vereador Márcio Almeida (PSD) ressaltou que a demanda é grande e que as pessoas têm reclamado da estrutura física. “Os consultórios são pequenos, a ventilação é pouca e falta ar condicionado e pintura em alguns pontos”, apontou.

A gerente do Centro de Saúde Alto Vera Cruz, Tatiane Caetano, reconheceu a necessidade de melhorias na estrutura física: “o maior desafio é equilibrar a questão da falta de espaço à demanda crescente”. A gestora informou que nove consultórios comportam uma equipe de 24 profissionais, sendo necessária a construção de nova unidade.

Centro de Saúde Taquaril

Em seguida, a comissão visitou o Centro de Saúde Taquaril, com cerca de 16 mil usuários cadastrados. A unidade possui quatro equipes de Saúde da Família completas, incluindo pediatras, ginecologista e psicólogo.

Conforme relatou a paciente Zaneide Andrade de Almeida Teixeira, alguns medicamentos, como a insulina, estão em falta há meses. Outro problema observado pelos vereadores foi a falta de espaço físico, fazendo-se necessário o aluguel de um anexo para alguns tipos de atendimento, como pediatria, ginecologia, Nasf e zoonoses.

A infraestrutura deficiente, com impressoras antigas, falta de armários e de um sistema de ar condicionado também foi apontada. De acordo com o presidente local de Saúde do CS Taquaril, José Aparecido Ferreira, a unidade está saturada, sendo necessária pelo menos mais uma equipe de profissionais para atender à população. Ferreira também reclamou da falta de medicamentos no posto.

“Os gestores solicitaram à comissão que faça uma proposta à Secretaria Municipal de Saúde para que o centro seja ampliado, a fim de atender melhor à população”, contou o vereador Márcio Almeida.

Para o vereador Professor Wendel, o espaço é muito pequeno e o ideal seria eliminar o anexo e construir uma nova unidade. “Vamos pressionar para que a nova unidade entre na parceria público-privada (PPP), que já foi autorizada pelo Executivo”, afirmou.

Centro de Saúde Novo Horizonte

Por último, os vereadores foram ao Centro de Saúde Novo Horizonte, que realiza mais de 600 atendimentos por dia. A unidade também conta com quatro equipes completas do PSF, além de ginecologista, pediatra e psiquiatra.

Problemas como falta de ventilação e impressoras antigas mais uma vez foram constatados pelos parlamentares. A usuária Érica de Souza reclamou que faltam profissionais e que é grande a espera por atendimento. Já a dentista Norma Capanema relatou o constrangimento em ter que dividir uma mesma sala com outros dois profissionais durante o atendimento odontológico dos usuários, devido à falta de espaço.

De acordo com o gerente do Centro de Saúde Novo Horizonte, André Luiz de Menezes, o tamanho da unidade não acompanhou o aumento da demanda e do cardápio de serviços. “Precisaríamos de pelo menos 12 salas para atender melhor à população”, avaliou. Menezes também reconheceu a necessidade de melhorias quanto à infraestrutura, pois algumas áreas apresentam mofo. Ele informou que foi elaborado um projeto junto à Urbel para ampliação da unidade, com um orçamento de R$ 1,3 milhão ainda em processo de avaliação e captação.

Segundo o vereador Professor Wendel, o centro possui uma grande demanda, daí a necessidade de ampliação. “O espaço não comporta o número de profissionais, utilizando um anexo e até o espaço de igrejas da comunidade para realizar os atendimentos. Então, precisamos cobrar do Executivo essa ampliação”, avaliou.

O vereador Márcio Almeida ressaltou que os profissionais têm atendido da melhor forma possível a comunidade, mesmo com a falta de estrutura física. “Vamos apresentar um relatório dessas três visitas, mostrando todas essas deficiências e cobrando da Secretaria Municipal de Saúde medidas urgentes”, informou.

Superintendência de Comunicação Institucional