REUNIÃO PLENÁRIA

Vereadores criticam governos municipal, estadual e federal

Aumento de impostos, combustíveis e energia elétrica, fim do fator previdenciário e cortes na Farmácia Popular; aumento do ICMS e criação de mais cargos comissionados; redução de recursos para a saúde, descaso em relação à segurança pública, obras paralisadas e desvalorização do funcionalismo. O desempenho dos governos federal, estadual e municipal foi alvo de críticas de vereadores na primeira plenária do mês de outubro, realizada nesta quinta-feira (1º/10), opondo parlamentares de diferentes bancadas.

quinta-feira, 1 Outubro, 2015 - 00:00
Vereadores se revezaram ao microfone para criticar ações e omissões das três esferas de governo (Foto: Bernardo Dias)

Vereadores se revezaram ao microfone para criticar ações e omissões das três esferas de governo (Foto: Bernardo Dias)

Aumento de impostos, combustíveis e energia elétrica, fim do fator previdenciário e cortes na Farmácia Popular; aumento do ICMS e criação de mais cargos comissionados; redução de recursos para a saúde, descaso em relação à segurança pública, obras paralisadas e desvalorização do funcionalismo. O desempenho dos governos federal, estadual e municipal foi alvo de críticas de vereadores na primeira plenária do mês de outubro, realizada nesta quinta-feira (1º/10), opondo parlamentares de diferentes bancadas. A reunião foi encerrada antes da apreciação do veto parcial ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e outros 19 PLs em pauta.

Vereadores de BH voltaram ao Plenário na tarde desta quinta-feira (1º/10) abordando temas que repercutiram nos últimos dias na imprensa mineira e nacional. Nos pronunciamentos sobre assuntos urgentes ou relevantes, que antecedem a apreciação da pauta, os vereadores se manifestaram sobre as últimas medidas anunciadas pelos governos federal, estadual e municipal. Em âmbito federal, foram criticadas propostas como o retorno da CPMF e aumentos de tarifas, veto ao reajuste dos aposentados, o fim do fator previdenciário e cortes no Programa Farmácia Popular, considerados “lamentáveis”, que penalizarão especialmente os idosos e aposentados.

Henrique Braga (PSDB), Pablito (PSDB), Bim da Ambulância (PSDB) e Heleno (PHS) também apontaram as divergências entre o discurso da presidente Dilma Rousseff por ocasião da campanha eleitoral e as medidas efetivamente adotadas em seu segundo mandato, que de acordo com eles vêm repassando à população a conta dos erros cometidos na gestão anterior, não se dispondo a “cortar na própria carne” para reduzir os gastos públicos.

Reforçando os colegas que o antecederam, Ronaldo Preto Sacolão (PMDB) apontou ainda a priorização de recursos para os programas assistencialistas em detrimento do trabalhador e do setor produtivo e criticou a base do Governo do Estado na Assembleia Legislativa pela aprovação do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que deverá gerar aumentos de preços em diversos produtos, penalizando ainda mais o povo mineiro.

Críticas à prefeitura

Em sua fala, Joel Moreira Filho (PTC) se queixou da omissão da prefeitura e outros órgãos da administração municipal em relação às questões de segurança pública, deixando de enviar representantes à audiência de sua autoria que debateria o tema ontem (30/9). O parlamentar citou números que refletem o aumento da criminalidade no município e reforçou a importância da priorização e do envolvimento de todos os entes públicos no enfrentamento do problema, de forma integrada, assegurando que a criação de pasta específica em âmbito municipal reduziria custos e aumentaria a eficácia do sistema.

Moreira questionou a relevância a criação da Secretaria Municipal Adjunta do Centro de Operações, com atribuições referentes à realização de eventos na cidade, proposta pela prefeitura, e dispôs-se a ceder ao Executivo a paternidade do PL 1701/15, de sua autoria, caso isso venha a garantir a criação da Secretaria Municipal de Segurança Pública proposta na matéria, beneficiando o cidadão belo-horizontino. O vereador Heleno, também autor de audiência pública sobre o assunto e visita técnica à pasta homônima no município de Betim, defendeu o maior envolvimento da administração municipal na questão da violência urbana.

Preto do Sacolão criticou a falta de recursos para o Orçamento Participativo, a paralisação de obras, a desvalorização do funcionalismo público e as divergências com os servidores, que estão às portas de uma ampla greve. Reforçando as críticas à prefeitura da capital e apontando a conivência dos colegas da base, Pedro Patrus (PT) também denunciou a suposta influência das empresas concessionárias do transporte coletivo sobre as decisões da administração municipal e exigiu a abertura da “caixa preta” da BHTrans e planilhas de custos das empresas, que segundo ele carecem de transparência e favorecem interesses econômicos.
 
Com a presença de 20 vereadores, sendo necessários 21 para dar início às votações, a reunião foi encerrada antes da apreciação da Ordem do Dia.
 
Assista ao vídeo na íntegra.
Superintendência de Comunicação Institucional