Comissão vai debater acolhimento de refugiados de guerra em BH
Proposta é conhecer medidas adotadas pelo poder público para dar suporte aos migrantes
Refugiados de guerra tantam retomar a vida no Brasil. Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Mais de 2 mil sírios foram acolhidos no Brasil, desde 2011, número superior aos registrados nos Estados Unidos e em países do sul da Europa, segundo o Conselho Nacional Para Refugiados. Para discutir o fluxo migratório para o país e, especialmente, o acolhimento de estrangeiros em Belo Horizonte, a Câmara de BH vai realizar audiência pública na próxima terça-feira (6/10), no Plenário Helvécio Arantes. Requerida pelo vereador Gilson Reis (PCdoB), a reunião será promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor.
De acordo com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), no ano de 2015 foi registrado um número de recorde de pessoas em movimento de migração causado por de guerras: cerca de 60 milhões de indivíduos encontram-se nessa situação, cifra que só cresce, desde 2005. Cruzando o Mediterrâneo em embarcações inseguras e improvisadas, milhares de refugiados tentam chegar à Europa, vindo regiões marcadas por conflitos, como Síria, Líbia, Sudão, Iraque, Afeganistão e Eritréria.
Na capital mineira, refugiados contam com o apoio de instituições religiosas e de parte da população, que se mobiliza em campanhas solidárias. Afora essas ações, a audiência pública vai tratar da intervenção das autoridades no sentido de amparar o refugiados. “O Brasil é um país que tem tradição de abertura. Precisamos entender e avaliar quais têm sido as ações do poder público para dar suporte aos refugiados”, afirmou o vereador Gilson Reis (PCdoB). Ainda segundo o parlamentar, um dos objetivos do encontro é conhecer a disponibilidade de serviços importantes para a inclusão dos estrangeiros, como a oferta de documentação, acesso à educação e saúde.
Foram convidados para a audiência, dentre outros, representantes dos Executivos municipal e estadual, do Consulado da Síria, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da Defensoria Pública, da Assembleia Legislativa, da Cáritas Brasileira e da Mitra Arquidiocesana de Belo Horizonte.
Superintendência de Comunicação Institucional
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