QUEDA DO VIADUTO

Comissão Especial vai ouvir familiares de vítimas da tragédia

Audiência pública ficou agendada para o dia 8 de abril, às 9h

quarta-feira, 25 Março, 2015 - 00:00
Audiência pública ficou agendada para o dia 8 de abril, às 9h - Foto: Mila Milowski

Audiência pública ficou agendada para o dia 8 de abril, às 9h - Foto: Mila Milowski

A Comissão Especial de Estudo sobre a queda de uma das alças do Viaduto Batalha dos Guararapes aprovou em reunião nesta quarta-feira (25/3) a realização de nova audiência pública para ouvir os familiares das vítimas fatais do desmoronamento, ocorrido em julho do ano passado. Além da audiência, agendada para o dia 8 de abril, às 9h, no Plenário Helvécio Arantes, o colegiado aprovou pedido de informações a ser encaminhado à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

Agendada para o próximo mês, a audiência pública requerida pelo vereador Juninho Paim (PT) vai ouvir os familiares de Hanna Cristina dos Santos, de 24 anos, e Charlys do Nascimento, de 25, falecidos no incidente. O requerimento é um retorno da comissão aos parentes das vítimas. Na última reunião, realizada no dia 18 de março, os parlamentares se comprometeram a discutir de forma individualizada as questões relacionadas à queda do viaduto, não só com as instituições envolvidas, mas também com a comunidade afetada.

Juninho Paim destacou o papel da comissão de ouvir a população a fim de apurar o que tem sido feito para mitigar os impactos da tragédia e as queixas relacionadas à falta de amparo para com os familiares das vítimas fatais.

O vereador Professor Ronaldo Gontijo (PPS) ressaltou a necessidade de arcar com o compromisso assumido pelo colegiado, mas reforçou como principal objetivo da Comissão Especial de Estudo a tentativa de chegar o mais próximo possível dos culpados da tragédia. 

Pedido de informação

Também foi aprovado na reunião desta quarta-feira pedido de informação solicitado pelo vereador Juninho Paim, com item acrescentado por Ronaldo Gontijo. De acordo com os vereadores, os principais esclarecimentos buscados pela comissão se referem ao início das obras do viaduto.

O requerimento será encaminhado ao secretário municipal de Governo, Vítor Mário Valverde. Informações sobre processo de licitação, contratos com empresas vencedoras, cronograma da obra, custos públicos e privados com a queda do viaduto para a circulação viária, relatórios e documentos da Auditoria Geral do Município sobre o empreendimento, motivação do poder público para realizar a obra no local, número de famílias e pessoas atingidas direta e indiretamente pelo desabamento, entre outras consequências sociais e econômicas para a região figuram entre as solicitações.  

Outras deliberações

O presidente da Comissão Especial de Estudo, vereador Henrique Braga (PSDB), ressaltou que o colegiado deve se posicionar enquanto um intermediário entre o poder público e a comunidade impactada. Braga lamentou, ainda, a ausência da Construtora Cowan, responsável pela execução da obra do viaduto, na última audiência. Para o vereador, a postura da empresa revela o desrespeito da instituição com o Poder Legislativo Municipal.

Com a documentação em mãos e após a reunião agendada para o próximo mês, a comissão pretende realizar uma visita técnica ao local do incidente. “Houve muitas reclamações de vidraças quebradas, basculantes que não abrem e estruturas trincadas. Nós vamos lá pessoalmente verificar a situação e, depois disso, vamos acionar a construtora [Cowan] para fazer esses reparos”, informou Henrique Braga.

Participaram da reunião os vereadores Juninho Paim, Professor Ronaldo Gontijo, Bruno Miranda (PDT), Henrique Braga e Joel Moreira Filho (PTC).

Sobre a tragédia

A alça Sul do Viaduto Guararapes, localizado na Avenida Pedro I, desabou no dia 3 de julho de 2014, quando a cidade de Belo Horizonte já recebia turistas para a Copa do Mundo, fazendo com que a tragédia ganhasse repercussão internacional. O desabamento provocou a morte de duas pessoas e deixou outras 23 feridas.

No dia 14 de setembro do mesmo ano, a alça Norte da estrutura foi implodida. Além das vítimas da queda, moradores e comerciantes da região sofrem com os transtornos e prejuízos causados. Imóveis abalados, falta de segurança em função de janelas e portas quebradas e muros trincados seriam as principais queixas.

Veja o vídeo na íntegra.

Superintendência de Comunicação Institucional